Relação peso-comprimento de espécies de peixes estuarinos da segunda maior área de manguezais do mundo, Brasil

Autores

  • Gleyce Gabrielle do Espirito Santo Aquino Universidade Federal do Pará, Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aquática e Pesca – Belém (PA), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9348-366X
  • Rory Romero de Sena Oliveira Universidade Federal do Pará, Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aquática e Pesca – Belém (PA), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1411-9059
  • Tommaso Giarrizzo Universidade Federal do Pará, Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aquática e Pesca – Belém (PA), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5116-5206
  • Marcelo Costa Andrade Universidade Federal do Pará, Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aquática e Pesca – Belém (PA), Brasil |Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Humanas, Naturais, Saúde e Tecnologia – Pinheiro (MA), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3573-5774

DOI:

https://doi.org/10.20950/1678-2305/bip.2024.50.e840

Palavras-chave:

Amazônia, Coeficiente alométrico, Crescimento, Ictiofauna

Resumo

Parâmetros de relações peso-comprimento são necessários para compreender o ciclo de vida dos peixes e descrever os aspectos biológicos das espécies. Dessa forma foram determinadas relações peso-comprimento para dezessete espécies estuarinas da costa equatorial brasileira. Nosso estudo foi realizado na segunda maior faixa de manguezais do mundo no período de 2015 e 2018 em 3 estuários que são descritos como unidades de conservação, rio Pará (Baía do Marajó), rio Caeté e rio Parnaíba. Os peixes foram coletados com redes de arrasto manual, redes de tapagem e peneiras. Um total de 488 indivíduos de dezessete espécies de peixes foram analisados usando a equação W = a TLb. Os valores de a variaram de 0,000001 a 0,000019 e os valores de b variaram de 2,7230 a 3,2821. Este estudo traz novos dados sobre peixes estuarinos do Brasil e com informações adicionais contribui para a conservação e manejo dos estoques de peixes.

Referências

Campanha, P.M.G.D.C.; Matsumoto, A.A.; Brazão, M.L.; Basilio, L.M.; Maruyama, L.S. 2019. Length-weight

relationships and biological aspects for 34 fish species from Três Irmãos reservoir, Lower Tietê River Basin, SPBrazil. Boletim do Instituto de Pesca, 45(3): e458. https://doi.org/10.20950/1678-2305.2019.45.3.458

Cervigón, F. 1991. Los peces marinos de Venezuela. 2. ed. Caracas: Fundación Científica Los Roques.

Chao, L.; Nalovic, M.; Williams, J. 2021. Cynoscion acoupa. The IUCN Red List of Threatened Species. https://doi.org/10.2305/IUCN.UK.2021-1.RLTS.T154875A46924613.en

Contente, A.C.P. 2014. Bragança: um breve olhar sobre a reserva extrativista marinha Caeté-Taperaçu. Amazônica, 5(3): 682-706. https://doi.org/10.18542/amazonica.v5i3.1587

Diniz, C.; Cortinhas, L.; Nerino, G.; Rodrigues, J.; Sadeck, L.; Adami, M.; Souza-Filho, P.W.M. 2019. Brazilian mangrove status: Three decades of satellite data analysis. Remote Sensing, 11(7): 808. https://doi.org/10.3390/rs11070808

Famoofo, O.O.; Abdul, W.O. 2020. Biometry, condition factors and length-weight relationships of sixteen fish species in Iwopin fresh-water ecotype of Lekki Lagoon, Ogun State, Southwest Nigeria. Heliyon, 6(1): e02957. https://doi.org/10.1016/j.heliyon.2019.e02957

Ferraz, D.; Giarrizzo, T. 2015. Weight-length and lengthlength relationships for 37 demersal fish species from the Marapanim River, northeastern coast of Pará State, Brazil. Biota Amazônia, 5(3): 78-82.

Froese, R. 2006. Cube law, condition factor and weight-length relationships: history, meta-analysis and recommendations. Journal of Applied Ichthyology, 22: 241-253. https://doi.org/10.1111/j.1439-0426.2006.00805.x

Froese, R.; Pauly, D. 2023. FishBase. Available at: www.fishbase.org. Accessed in: Feb., 2023.

Froese, R.; Thorson, J.T.; Reyes Jr., R.B. 2014. A Bayesian approach for estimating length-weight relationships in fishes. Journal of Applied Ichthyology, 30: 78-85. https://doi.org/10.1111/jai.12299

Froese, R.; Tsikliras, A. C.; Stergiou, K.I. 2011. Editorial note on weightlength relations of fishes. Acta Ichthyologica et Piscatoria, 41(4): 261-263. https://doi.org/10.3750/AIP2011.41.4.01

Giarrizzo, T.; Silva De Jesus, A.J.; Lameira, E.C.; Araújo De Almeida, J.B.; Isaac, V.; Saint-Paul, U. 2006. Weight-length relationships for intertidal fish fauna in a mangrove estuary in Northern Brazil. Journal of Applied Ichthyology, 22: 325-327. https://doi.org/10.1111/j.1439-0426.2006.00671.x

Giri, C.; Ochieng, E.; Tieszen, L.L.; Zhu, Z.; Loveland, T.; Masek. J.; Duke, N. 2011. Status and distribution of mangrove forests of the world using earth observation satellite data. Global Ecology and Biogeography, 20(1): 154-159. https://doi.org/10.1111/j.1466-8238.2010.00584.x

Isaac, V.J.; Almeida, M.C. 2011. El consumo de peixes em la Amazônia Brasileña. Relatório FAO. Rome: FAO, 2011.

Joyeux, J.C.; Giarrizzo, T.; Macieira, R.M.; Spach, H.L.; Vaske Jr., T. 2009. Length–weight relationships for Brazilian estuarine fishes along a latitudinal gradient. Journal of Applied Ichthyology, 25: 350-355. https://doi.org/10.1111/j.1439-0426.2008.01062.x

Kamil, E.A.; Takaijudin, H.; Hashim, A.M. 2021. Mangroves as coastal bio-shield: a review of mangroves performance in wave attenuation. Civil Engineering Journal, 7(11): 1964-1981. https://doi.org/10.28991/cej-2021-03091772

Lessa, R.; Nóbrega, M.F. 2000. Guia de identificação de peixes marinhos da região Nordeste. Recife: Programa REVIZEE, Score-NE, v. 128.

Menéndez, P.; Losada, I.J.; Torres-Ortega, S.; Narayan, S.; Beck, M.W. 2020. The global flood protection benefits of mangroves. Scientific Reports, 10(1): 4404. https://doi.org/10.1038/s41598-020-61136-6

Mourão, K.R.M.; Frédou, F.L.; Espírito-Santo, R.V.; Almeida, M.C.; Silva, B.B.; Frédou, T.; Isaac, V. 2009. Sistema de produção pesqueira pescada amarela-Cynoscion acoupa Lacèpede (1802): um estudo de caso no litoral nordeste do Pará-Brasil. Boletim do Instituto de Pesca, 35(3): 497-511.

Nelson, J.S.; Grande, T.C.; Wilson, M.V.H. 2016. Fishes of the World. New Jersey: John Wiley & Sons.

Nizinski, M.S.; Munroe, T.A. 2002. Order Clupeiformes, Engraulidae. In: Carpenter, K.E. (ed.). The living marine resources of the Western Central Atlantic. Rome: FAO. v. 2, p. 764-780.

Oliveira, R.R.S.; Andrade, M.C.; Piteira, D.G.; Giarrizzo, T. 2013. Length-length and length-weight relationships for fish fauna from headwaters of Onça Puma Mountain ridge, Amazonian region, Brazil. Biota Amazonia, 3: 193-197.

Pauly, D. 1984. Fish population dynamics in tropical waters: a manual for use with programmable calculators. International Center for Living Aquatic Resources Studies and Reviews. v. 8.

Rahman, M.M.; Zimmer, M.; Ahmed, I.; Donato, D.; Kanzaki, M.; Xu, M. 2021. Co-benefits of protecting mangroves for biodiversity conservation and carbon storage. Nature Communications, 12(1): 3875. https://doi.org/10.1038/s41467-021-24207-4

Rotta, M.; Yamamoto, K.C. 2021. Relação peso-comprimento de peixes de interesse ornamental da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé–Manaus, Amazonas-Brasil. Brazilian Journal of Development, 7(2): 15085-15100. https://doi.org/10.34117/bjdv7n2-230

Silva-Júnior, M.G.; Castro, A.C.L.; Soares, L.S.; França, V.L. 2007. Relação peso-comprimento de espécies de peixes do estuário do rio Paciência da Ilha do Maranhão, Brasil. Boletim do Laboratório de Hidrologia, 20(1): 30-37. Available at: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/blabohidro/article/view/2029

Souza Filho, P.W.M. 2005. Costa de manguezais de macromaré da Amazônia: cenários morfológicos, mapeamento e quantificação de áreas usando dados de sensores remotos. Revista Brasileira de Geofísica, 23(4): 427-435. https://doi.org/10.1590/S0102-261X2005000400006

Souza, R.A.L.D.; Imbiriba, E.P. 1978. Peixes comerciais de Belém e principais zonas de captura da pesca artesanal. Boletim da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, (10): 1-15.

Taylor, W.R.; Menezes, N.A. 1978. Ariidae. In: Fischer, W. (ed.). FAO species identification sheets for fishery purposes. West Atlantic (Fishing Area 31): FAO. v. 1.

Tostes, L.V.; Yyoshioka, E.T.O.; Tavares-Dias, M. 2019. Weight-length relationship and blood characteristics of silver arowana, a osteoglossidae from the state of Amapá (Brazil). Boletim do Instituto de Pesca, 45(3), e493. https://doi.org/10.20950/1678-2305.2019.45.3.493

Wolff, M.; Koch, V.; Isaac, V.A. 2000. A trophic flow model of the Caeté mangrove estuary (north Brazil) with considerations for the sustainable use of its resources. Estuarine, Costal and Shelf Science, 50(6): 789-803. https://doi.org/10.1006/ecss.2000.0611

Downloads

Publicado

2024-07-30

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)