ENSAIOS COM ARMADILHAS PARA PEIXES E CRUSTÁCEOS, NO LITORAL DO ESTADO DE SAí- PAULO, BRASIL.
Palavras-chave:
armadilhas, pesca experimental, peixes e crustáceosResumo
Em quatro cruzeiros de pesquisa do NPq. Orion nos anos de 1979 e 1981 realizaram-se 20 lances experimentais com um conjunto de sete armadilhas (espinhei de armadilhas) em três tipos de ambientes do litoral do Estado de São Paulo: próximo a ilhas, em mar aberto sobre fundo de lama e sobre parcel. As armadilhas obedeceram a três desenhos básicos: o cone truncado, o cilindro e o paralelogramo retangular, e possuíam também algumas diferenças entre si quanto aos funis de entrada. A fase de recolhimento dos aparelhos é a mais delicada do manejo, sendo a manobra pela lateral do barco, embora mais demorada, a mais indicada. A área de pesca próxima a ilhas foi a mais diversificada faunisticamente, seguida da área em mar aberto e, finalmente, da área sobre parcel. A melhor produção de peixes por lance, em número de exemplares e peso, foi a da área sobre parceI. No entanto, a pesca com espinhel de armadilhas não é indicada nessa área, em razão de ocasionar destruição do substrato tipo "coralíneo". A área de pesca em mar aberto sobre fundo de lama parece ser a mais propícia í captura com armadilhas. A captura de crustáceos com armadilhas no litoral de São Paulo não parece viável comercialmente, uma vez que os crustáceos de valor econômico ocorreram em pequena quantidade, e os que foram abundantes ainda não possuem valor econômico. Constatou-se que existe relação entre a produção e a dimensão da armadilha na captura de peixes, com as armadilhas maiores proporcionando os melhores resultados. O aumento no tamanho das malhas permite uma seleção do produto capturado, com os indivíduos apresentando tamanhos mais adequados para a comercialização. A armadilha com dois funis justapostos foi o modelo que ofereceu a melhor produção, provavelmente devido a uma diminuição do escape dos indivíduos capturados