AVALIAÇÃO DO ESTOQUE DA OSTRA, Crassostrea brasiliana, NO MANGUEZAL DA REGIÃO ESTUARINO í  LAGUNAR DE CANANÉIA (25ºS; 48ºW)

Autores

  • Orlando Martins PEREIRA Pesquisador Cientifico -  Instituto de Pesca - SAA
  • Ingrid Cabral MACHADO Pesquisador Cientifico -  Instituto de Pesca -SAA
  • Marcelo Barbosa HENRIQUES Pesquisador Cientifico -  Instituto de Pesca - SAA http://orcid.org/0000-0003-1419-9121
  • Márcia Santos Nunes GALVÃO Pesquisador Cientifico -  Instituto de Pesca -SAA
  • Alexandre Assis BASTOS Pesquisador Cientifico -  Instituto de Pesca -SAA

Palavras-chave:

ostra, Crassostrea brasiliana, manguezal, Rhizophora mangle, estoques naturais, população

Resumo

No litoral paulista, o complexo estuarino-lagunar de Cananéia é considerado o maior produtor de ostras em estoques naturais. Este trabalho tem por objetivo estimar o tamanho da população de Crassostrea brasiliana (Lamarck, 1819) existente no manguezal dessa região. Foram realizados estudos no perí­­odo de agosto de 1998 a janeiro de 1999, no Mar de Cubatão, Mar de Cananéia, Baí­­a de Trapandé e Canal do Ararapira (até as proximidades do Marujá), compreendendo as margens direita e esquerda do complexo estuarino. O manguezal estudado foi dividido em 4 áreas (sí­­tios 1, 2, 3 e 4), subdivididas em parcelas. Verificou-se que as ostras se fixam preferencialmente nas raí­­zes aéreas do mangue vermelho Rhizophora mangle, na 1ª e 2ª fileiras de árvores situadas na franja externa mais próxima do canal. Obtiveram-se dados sobre a composição dos bosques de mangue, dií­¢metro da altura do peito (DAP), dií­¢metro de ocupação de raí­­zes (DOR), densidade e altura das árvores, nº médio de ostras/área de raiz e nº médio de ostras/parcela. Estimou-se que em todo o manguezal de Cananéia existem em torno de 11.268.954 dúzias de ostras, sendo cerca de 8,6% de tamanho comercial (> 5 cm). É possí­­vel que a quantidade de ostras extraí­­das mensalmente esteja próxima da capacidade máxima de explotação dos estoques naturais, o que poderá comprometer a sustentabilidade desses estoques nos anos vindouros. Os resultados desta pesquisa deverão contribuir para a adoção de uma polí­­tica de extração racional, de modo a evitar o esgotamento dos estoques naturais e, assim, contribuir para a manutenção do equilí­­brio do ecossistema estuarino.

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Publicado

2018-10-27

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

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