Análises preliminares da composição lipí­­dica das gônadas de jundiá, Rhamdia quelen (Siluriformes; Quoy e Gaimard, 1824), de duas populações em diferentes estações do ano

Autores

  • Rodrigo Javier Vargas Sección Zoolog-­­a de Vertebrados, Facultad de Ciencias, Universidad de la República Iguá
  • Martín Bessonart Sección Zoolog-­­a de Vertebrados, Facultad de Ciencias, Universidad de la República Iguá·

Palavras-chave:

jundiá, Rhamdia quelen, composição, lipí­­dica, gônadas

Resumo

O jundiá é  um siluriforme de ampla distribuição geográfica que habita cursos de água doce e lagoas estuarinas. O perfil de ácidos graxos em tecidos, como as gônadas, é um reflexo da dieta do peixe, podendo variar devido a fatores extrí­­nsecos ou intrí­­nsecos. Neste estudo, oito fêmeas de R. quelen foram capturadas em dois ambientes: Rio Negro, próximo ‡ localidade de São Gregório (SG), e lagoa estuarina: Laguna de Rocha (LR). As capturas realizaram-se dentro do perí­­odo reprodutivo para SG e fora deste para LR. Os lipí­­dios totais foram determinados gravimetricamente e os ácidos graxos separados por cromatografia gasosa. Os lipí­­dios totais (SG=3,5%p.u.; LR=4,0%p.u.) não apresentaram diferenças significativas entre os animais capturados. Para os dois ambientes, identificaram-se 41 ·ácidos graxos, dentre os quais, os mais importantes foram: C16:0 (SG=22,7%; LR=21,4%), C18:1n9 (SG=11,5%; LR=11,7%), C20:4n6 (SG=11,1%; LR=12,5%) e C22:6n3 (SG=10,9%; LR=12,2%). Embora os exemplares fossem provenientes de ambientes e estaÁıes diferentes, não foram detectadas diferenças no perfil lipí­­dico entre as populações. Embora estudos com maior número de amostras sejam necessários, estes resultados estariam marcando certa estabilidade no perfil de ·ácidos graxos das gônadas, independentemente do ambiente em que a espécie se encontra. Valores similares foram registrados em outras espécies.

Referências

ALMANSA, E.; PEREZ, M.J.; CEJAS J.R.; BADÍA,P; VILLAMANDOS, J.E.; LORENZO, A. 1999 Influence of broodstock gilthead seabream (Sparus aurata L.) dietary fatty acids on egg quality and egg fatty acid composition throughout the spawning season. Aquaculture,Amsterdam, 179: 323-336.

A U B R I O T , L . ; C O N D E , D . ; B O N I L L A , S . ;SOMMARUGA, R. 2004 Phosphate uptake behavior of natural phytoplankton during exposure to solar ultraviolet radiation in a shallow coastal lagoon. Marine Biology, 144:623-631.

BORLONGAN, I.G. y BENITEZ, L.V. 1992 Lipid and fatty acid composition of milkfi sh (Chanos chanos
Forsskal) grown in freshwater and seawater. Aquaculture, Amsterdam, 104: 79-89.

CHRISTIE, W.W. 1982 Lipid Analysis. Oxford:Pergamon Press. 207p.

DE SILVA, S.S; GUNASEKERA, R.M.; AUSTIN, C.M. 1997 Changes in the fatty acid profi les of hybrid red tilapia Oreochromis mossambicus x O. niloticus, subjected to short-term starvation, and comparison with changes in seawater raised fish.Aquaculture, Amsterdam, 153: 273-290.

DE SILVA, S.S.; GUNASEKERA, R.M.; AUSTIN, C.M.; ALLINSON, G. 1998 Habitat related variations in fatty acids of catadromus Galaxias maculatus. Aquatic Living Resources, 11(6): 379-385.

FOLCH, J.; LESS, S.; STANLEY, G.H.S. 1957 A simple method for isolation and purifi cation of total lipids
from animals tisues. J. Biol. Chem., 22: 497-509.

FRACALOSSI, D.M.; ZANIBONI FILHO, E.;MEURER, S. 2002 No rastro das espécies nativas. Panorama da Aq¸uicultura, 12: 43-49.

GARCÍA, D.J. 1995 Aspectos Biológicos del Bagre Negro con Enfasis en su Alimentacií­"ºn. Montevideo. 66p. (Tesis
de Licenciatura. Facultad de Ciencias -UDELAR).

JEONG, B.Y.; MOON, S-K.; JEONG, S.; OHSHIMA, T.2000 Lipid classes and fatty acid compositions of wild and cultured sweet smelt Plecoglossus altivelis muscle and eggs in Korea. Fisheries Science, 66: 716-724.

JEONG, B-Y.; JEONG, S.; MOON, S-K.; OHSHIMA, T. 2002 Preferential accumulation of fatty acids in the testis and ovary of cultured and wild sweet smel Plecoglossus altivelis. Comp. Biochem. Physiol.(B), 131: 251-259.

LUCHINI, L. 1990 Manual para el cultivo del Bagre Sudamericano (Rhamdia sapo). Santiago de Chile: Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación. Oficina Regional para America Latina y el Caribe. 60p. RLAC/90/16-PES-20.

MEYER, G. y FRACALOSSI, D.M. 2004 Protein requirement of jundi· fingerlings, Rhamdia quelen, at two dietary energy concentrations. Aquaculture,Amsterdam, 240: 331-343.

OLSEN, Y. 1998 Lipids and essential fatty acids in aquatic food webs. In: ARTS, M.T y WAINMAN, B.C. (Ed.). Lipids in Freshwaters Ecosystems. New York: Springer-Verlag. p.168-199.

RINGUELET, R.A.; ARAMBURU, R.H.; DE ARAMBURU, A.A. 1967 Los peces Argentinos de Água Dulce. La Plata: Direccií­"ºn de Impresiones del Estado y BoletÍn Ofi cial. 600p.

ROBIN, J.H.; REGOST, C.; ARZEL, J.; KAUSHIK,S.J. 2003 Fatty acid profile of fish following a change in dietary fatty acid source: model of fatty acid composition with a dilution hypothesis.Aquaculture, Amsterdam, 225: 283-293.

SARGENT, J.; BELL, G.; MCEVOY, L.; TOCHER, D.; ESTEVEZ, A. 1999 Recent developments in the essential fatty acid nutrition of fi sh. Aquaculture, Amsterdam, 177: 191-199.

SILFVERGRIP, A.M.C. 1996 A systematic revision of the Neotropical catfi sh genus Rhamdia (Teleostei, Pimelodidae). Stockholm: Department of Vertebrate Zoology/Swedish Museum of Natural History. 156p.

STEEL, R.G. y TORRIE, J.A. 1980 Principles and Procedures of statistics. A biometrical approach. New York: McGraw Hill. 633p.

TAKEUCHI, T. y WATANABLE, T. 1982 The effects of starvation and environmental temperature on proximate and fatty acid composition of carp and rainbow trout. Bulletin of the Japanese Society of Scientifi c Fisheries, 48: 1307-1316.

ULIANA, O.; SOUZA DA SILVA, J.H.; RADUNZ NETO, J. 2001 Substituição parcial ou total de Óleo de canola por lecitina de soja em rações para larvas de jundiá(Rhamdia quelen) PISCES, PIMELODIDAE. Ciencia Rural, 31: 677-681.

WEBER, P.C. 1990 The modifi cation of the arachidonic acid cascade by n-3 fatty acids. Advances in Prostaglandin, Thromboxane and Leukotriene Research, 20: 232-240.

Downloads

Publicado

2018-10-30

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)