Efeito do choque térmico quente em ovos de tilápia nilótica (Oreochromis niloticus): tempo pós-fertilização e duração do processo na sobrevivência das larvas

Autores

  • Mauricio Ávila Mestre - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, Centro de Aq-­¼icultura (CAUNESP), C-­¢mpus de Jaboticabal, SP
  • Elizabeth Romagosa Pesquisador Cientí­­fico - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Peixes Ornamentais - Instituto de Pesca -  Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) - Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) http://orcid.org/0000-0001-5363-4128

Palavras-chave:

Oreochromis niloticus, tetraploidia, choque térmico quente, macho monossexo, larvas

Resumo

A aplicação de choques térmicos quentes em ovos de tilápia-do-nilo, Oreochromis niloticus, recém fertilizados é empregada para bloquear a 2ª divisão meiótica ou inibir a 1ª clivagem, técnica essa aplicada para produzir populações monossexo, estéreis ou poliploides. Neste estudo foram realizados dois ensaios: 1º, utilizando tempos pós-fertilização (Tpf) de 50, 55 e 60 min e duração do choque térmico de 2 e 5 min.; e 2º, com tempos pós-fertilização de 24, 27 e 30 min e duração do choque de 5 e 8 min, em abril e dezembro de 2003, nos laboratórios do CAUNESP/UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil. Somente as fêmeas foram induzidas í­Â  reprodução com HCG, resultando ser esse método eficiente na produção de gametas. Diferenças significativas (P < 0,05) entre os tratamentos (diferentes momentos de aplicação do choque térmico e tempos de duração do choque), nos dois ensaios, foram constatadas em relação í­Â  estimativa das taxas de sobrevivência das larvas. Porcentagens elevadas de animais deformados foram registradas. As baixas taxas de sobrevivência observadas, tanto nos grupos controle quanto nos tratamentos, indicam que a indução hormonal e a incubação (fertilização até eclosão) artificial afetam o desenvolvimento embrionário das larvas.

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Publicado

2018-07-19

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

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