GENES DE VIRULENCIA E RESISTí­Å NCIA ANTIMICROBIANA DE Vibrio parahaemolyticus EM ÁREAS DE OSTREICULTURA

Autores

  • Vaneza Leal CARDOSO Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -  UFRB, Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agrí­­cola
  • Noely Marques FERREIRA-GRISE Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -  UFRB, Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agrí­­cola
  • Jéssica Ferreira MAFRA Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -  UFRB, Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agrí­­cola
  • Elizabeth Amélia Alves DUARTE Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -  UFRB, Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agrí­­cola http://orcid.org/0000-0002-8667-502X
  • Thiago Alves Santos de OLIVEIRA Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -  UFRB, Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agrí­­cola http://orcid.org/0000-0002-6582-7434
  • Norma Suely EVANGELISTA-BARRETO Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -  UFRB, Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agrí­­cola / Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -  UFRB, Centro de Ciências Agrárias, Ambiental e Biológica - CCAAB, Núcleo de Estudos em Pesca e Aquicultura -  NEPA http://orcid.org/0000-0001-5960-0957

DOI:

https://doi.org/10.20950/1678-2305.2018.364

Palavras-chave:

estuários, antimicrobianos, ação antrópica, ostras

Resumo

Este estudo teve como objetivo quantificar Vibrio spp. e avaliar o perfil de suscetibilidade antimicrobiana e fatores de virulência em cepas de Vibrio parahaemolyticus em amostras de ostras em dois estuários do Baixo Sul da Bahia. As coletas foram realizadas no perí­­odo de junho de 2015 a janeiro de 2016, com coletas de ostras provenientes de bancos naturais (E1) e coletas de água e ostras provenientes de cultivo (E2). Para a quantificação de Vibrio spp. usou-se o número mais provável (NMP) e a caracterização de V. parahaemolyticus o marcador (espécie-especí­­fica) gene tl. A patogenicidade foi observada com o teste de Kanagawa e presença dos genes tdh, trh e ure. Para o perfil de suscetibilidade antimicrobiana foram usados 15 antimicrobianos (método disco difusão), produção de enzimas β-lactamases e presença dos genes blaTEM, blaSHV e blaCTX-M. A densidade máxima de Vibrio spp. em ostras de cultivo foi de log 4,70 NMP g-1 e de extrativismo log 6,10 NMP g-1, sendo a temperatura a variável que mais influenciou na presença dos microrganismos na área de cultivo (E2). O gene tl foi encontrado em 71% dos isolados, sem a presença dos genes tdh, trh e ure. Todas as cepas de V. parahaemolyticus foram Kanagawa negativo. Elevada resistência antimicrobiana foi observada aos antimicrobianos betalactí­¢micos (cefalotina - 72% e ampicilina - 60%) e aminoglicosí­­deos (amicacina - 64%), com multirresistência em 88% das cepas de V. parahaemolyticus, e dessas, em 68% a resistência era mediada por plasmí­­deos. Fenotipicamente não foi observada produção de enzimas β-lactamases, embora tenha sido observado a presença de genes blaTEM. O caráter de multirresistência sobretudo por plasmí­­deos em cepas de V. parahaemolyticus aumenta a preocupação de bactérias autóctones do meio marinho, pois compromete o controle de infecção por esta bactéria em moluscos bivalves.

Referências

ANACLETO, P.; SÓNIA, P.; NUNES, M.L.; ROSA, R.; MARQUES, A. 2013 Microbiological composition of native and exotic clams from Tagus estuary: Effect of season and environmental parameters. Marine Pollution Bulletin, 74(1): 116-124.

BALLESTEROS, E.R.; BARBIERI, E.; PINTO, A.B.; OLIVEIRA, R.S.; OLIVEIRA, A.J.F.C. 2016 Qualidade microbiológica de ostras (Crassostrea sp) e de águas coletadas em cultivos e em bancos naturais de Cananéia (SP). Boletim do Instituto de Pesca, 42(1): 134-144.

BEJ, A.K.; PATTERSON, D.P.; BRASHER, C.W.; VICKERY, M.C.L.; JONES, D.D.; KAYSNER, C.A. 1999 Detection of total and hemolysin producing Vibrio parahaemolyticus in shellfish using multiplex PCR amplification of tl, tdh and trh. Journal of Microbiological Methods, 36(3): 215-225.

BONDIOLI, A.C.V.; MARQUES, R.C.; TOLEDO, L.F.A.; BARBIERI, E. 2107 PCR-RFLP for identification of the pearl oyster Pinctada imbricate from Brazil and Venezuela. Boletim do Instituto de Pesca, 43(3): 459-463.

BOUKI, C.; VENIERI, D.; DIAMADOPOULOS, E. 2013 Detection and fate of antibiotic resistant bacteria in wastewater treatment plants: A review. Ecotoxicology and Environmental Safety, 91(1): 1-9.

BRASIL, 1997 Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilí­¢ncia Sanitária. Portaria nº 451, de 19 de setembro de 1997. Regulamento técnico princí­­pios gerais para o estabelecimento de critérios e padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasí­­lia, 02 de julho de 1998. Seção 1.

BRASIL, 2001 Resolução nº 12, de 2 de janeiro de 2001. Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasí­­lia, 10 de janeiro de 2001. Seção 1.

BRASIL, 2012 Ministério da Pesca e Aquicultura. Instrução Normativa Interministerial no 7, de 8 de maio de 2012. Diário Oficial da União, Brasí­­lia, 9 de maio de 2012. Seção 1.

BRASIL, 2018 Ministério da Saúde. Secretária de Vigilí­¢ncia em Saúde. Análise Epidemiológica dos Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos no Brasil. Disponí­­vel em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Apresentacao-Surtos-DTA-2018.pdf >. Acesso em: 04 abr. 2018.

BUSH, K.; JACOBY, G.A. 2010 Updated functional classification of b-lactamases. Minireview. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, 54(3): 969-976.

CABURLOTTO, G.; GENNARI, M.; VALENTINA, G.H.I.D.I.N.I.; MARIA, C.T.; MARIA, M.L.L.E.O. 2009 Presence of T3SS2 and other virulence-related genes in tdh-negative Vibrio parahaemolyticus environmental strains isolated from marine samples in the area of the Venetian Lagoon, Italy. FEMS Microbiology Ecology, 70(3): 506-514.

CECCARELLI, D.; HASAN, N.A.; HUQ, A.; COLWELL, R.R. 2013 Distribution and dynamics of epidemic and pandemic Vibrio parahaemolyticus virulence factors. Frontiers in Cellular in Infection Microbiology, 3(97): 1-9.

CDC - CENTERS FOR DISEASE CONTROL. 1998 Outbreak of Vibrio parahaemolyticus infections associated with eating raw oysters - pacific northwest, 1997. Morbidity and Mortality Weekly Report, 47(22): 457-462.

CLSI - CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE. 2010 Performance standards for antimicrobial susceptibility testing: seventeenth informational supplement. Wayne: Supplement M100-S20.

CLSI - CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE. 2009 Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing; Table: M100 - S19; 940 West Valley Road, Suite 1400 Wayne, PA 19087-1898 USA, 2009.

COSTA, R.A.; VIEIRA, G.H.; VIEIRA, R.H.S.; SAMPAIO, S.S. 2009 Vibrio em amostras de água de viveiros de cultivo do camarão marinho Litopenaeus vannamei, no Ceará-Brasil. Atlí­¢ntica, 31(2): 177-182.

COSTA SOBRINHO, P.S.; DESTRO, M.T.; FRANCO, B.D.G.M.; LANDGRAF, M. 2011 Occurrence and distribution of Vibrio parahaemolyticus in retail oysters in Sao Paulo State, Brazil. Food Microbiology, 28(1): 137-140.

ELLINGTON, M.J.; KISTLER, J.; LIVERMORE, D.M.; WOODFORD, N. 2007 Multiplex PCR for rapid detection of genes encoding acquired metallo-β-lactamases. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, 59(2): 321-2.

FISCHER, F.; NASCIMENTO, A.; PIERINE, C.; FISCHER, C.M.; FISCHER, F.; ROCHA, L.; MATOS, L.B.; SANTANA. L.; VINHARES, L.; SANTOS, M.E.P.; BRITO, M.R.; SANTOS FILHO, N.G. 2007 Baixo Sul da Bahia: uma proposta de desenvolvimento territorial. Projeto Série Editorial CIAGS, Salvador.

GUTIERREZ-WEST, C.K.; KLEIN, S.L.; LOVELL, C.R. 2013 High Frequency of virulence factor genes tdh, trh, and tlh in Vibrio parahaemolyticus strains isolated from a Pristine Estuary. Applied and Environmental Microbiology, 79(7): 2247-2252.

IBAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. 2010 Estudo de caso: organização socioprodutiva de lideranças jovens em áreas rurais e estuarinas do território do Baixo Sul da Bahia. p. 53, Foro Iberoamericano y del Caribe - Melhores Práticas. Disponí­­vel em: <http://www.ibam.org.br/media/arquivos/estudos/estudo_terragua.pdf> Acesso em: 30 jul. 2015.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. 2015 Infográficos: Dados gerais do municí­­pio de Taperoá. Disponí­­vel em: <http://http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=293120> Acesso em: 30 jul. 2015.

KANG, C.H.; SHIN, Y.; JANG, S.; KIM, S.; AN, S.; PARK, K.; SO, JS. 2017 Characterization of Vibrio parahaemolyticus isolated from oysters in Korea: Resistance to various antibiotics and prevalence of virulence genes. Marine Pollution Bulletin, 118(1-2):261-266.

KLEIN, S.L.; WEST, C.K.G.; MEJIA, D.M.; LOVELL, C.R. 2014 Genes similar to the Vibrio parahaemolyticus virulence-related genes tdh, tlh, and vscC2 occur in other Vibrionaceae species isolated from a pristine estuary. Applied and Environmental Microbiology, 80(2): 595-602.

KRUMPERMAN, P.H. 1983 Multiple antibiotic indexing of Escherichia coli to identify high risk sources of fecal contamination of foods. Applied and Environmental Microbiology, 46(1): 165-170.

LEAL, N.C.; SILVA, S.C.; CAVALCANTI, V.O.; FIGUEIROA, A.C.T.C.; NUNES, V.V.F.; MIRALLES, I.S.; HOFER, E. 2008 Vibrio parahaemolyticus serovar O3:K6 gastroenteritis in northeast Brazil. Journal of Applied Microbiology, 105(3): 691-697.

LEE, J. K.; JUNG, D. W.; EOM, S. Y.; OH, S. W.; KIM, Y.; KWAK, H. S.; KIM, Y. H. 2008 Occurrence of Vibrio parahaemolyticus in oysters from Korean retail outlets. Food Control, 19(10): 990-994.

LOU, Y.; HAIQUAN, L.; ZHANG, Z.; PAN, Y.; ZHAO, Y. 2016 Mismatch between antimicrobial resistance phenotype and genotype of pathogenic Vibrio parahaemolyticus isolated from seafood. Food Control, 59(1): 207-211.

MANJUSHA, S.; SARITA, G.B. 2013 Characterization of plasmids from multiple antibiotic resistant Vibrios isolated from molluscan and crustacean of Kerala. International Food Research Journal, 20(1): 77-86.

MEYER, G.; PICOLI, S.U. 2011 Fenótipos de betalactamases em Klebsiella pneumoniae de hospital de emergeÌ"šncia de Porto Alegre. Journal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, 47(1): 25-31.

MOLINA-AJA, A.; GARCÍA-GASCA, A.; ABREU-GROBOIS, A.; BOLÁN-MEJÍA, C.; ROQUE, A.; GOMEZ-GIL, B. 2002 Plasmid profiling and antibiotic resistance of Vibrio strains isolated from cultured penaeid shrimp. FEMS Microbiology Letters, 213(1): 7-12.

NASCIMENTO, V.A.; MITTARAQUIS, A.S.P.; TRAVÁLIA, B.M.; SANTOS, R.C.A.; NUNES, M.L.; AQUINO, L.C.L. 2011 Qualidade Microbiológica de moluscos bivalves - sururu e ostras submetidos a tratamento térmico e estocagem congelada. Scientia Plena, 7(4): 1-5.

NOGUEROLA, I.; BLANCH, A.R. 2008 Identification of Vibrio spp. with a set of dichotomous keys. Journal of Applied Microbiology, 105(1): 175-185.

ORBAN, E.; DI LENA, G.; NEVIGATO, T.; CASINI, I.; CAPRONI, R.; SANTARONI, G.; GIULINI, G. 2006 Nutricional and commercial quality of the striped venus clam, Chamelea gallina, from the Adriatic sea. Food Chemistry, 101(3): 1063-1070.

ROCHA, R.S.; SOUSA, O.V.; VIEIRA, R.H.S.F. 2016 Multidrug-resistant Vibrio associated with an estuary affected by shrimp farming in Northeastern Brazil. Marine Pollution Bulletin, 105(1): 337-340.

ROJAS, M.V.R.; MATTÉ, M.H.; DROPA, M.; SILVA, M.L.; MATTÉ, G.R. 2011 Characterization of Vibrio parahaemolyticus isolated from oysters and mussels in São Paulo, Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 53(4): 201-5.

SANDE, D.; MELO, T.A.; OLIVEIRA, S.A.; BARRETO, L.; TALBOT, T.; BOEHS, G.; ANDRIOLI, J.L. 2010 Prospecção de moluscos bivalves no estudo da poluição dos rios Cachoeira e Santana em Ilhéus, Bahia, Brasil. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 47(3): 190-196.

SANTOS, S.S.; BARRETO, L.M.; SILVEIRA, C.S.; REIS, N.A.; LIMA, K.A.; SOUZA, J.S.S.; EVANGELISTA-BARRETO, N.S. 2015 Condições sanitárias de ostras produzidas e comercializadas em Taperoá, Bahia e o efeito da depuração na redução da carga microbiana. Actapesca, 3(2): 49-60.

SHAW, K.S.; GOLDSTEIN, R.E.R.; HE, X.; JACOBS, J.M.; CRUMP, B.C.; SAPKOTA, A.R. 2014 Antimicrobial susceptibility of Vibrio vulnificus and Vibrio parahaemolyticus recovered from recreational and commercial areas of Chesapeake Bay and Maryland Coastal Bays. PloS One, 9(2): e89616.

SILVA, N.; JUNQUEIRA, V.C.A.; SILVEIRA, N.F.A.; TANIWAKI, M.H.; SANTOS, R.F.S.; GOMES, R.A.R. 2010 Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. São Paulo: Varela. 632p.

SILVA, C.C.; SILVA, J.C. 2007 Cultivo de ostras í  Dossiê técnico. REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro. Disponí­­vel em:
< http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/MzA4>. Acesso em: 15 mar. 2018.

TANIL, G.B.; RADU, S.; NISHIBUCHI, M.; RAHIM, R.A.; NAPIS, S.; MAURICE, L.; GUNSALAM, J.W. 2005 Characterization of Vibrio parahaemolyticus isolated from coastal seawater in peninsular Malaysia. Southeast Asian Journal of Tropical Medicine and Public Health, 36(4): 940-945.

VONGXAY, K.; WANG, S.; ZHANG, X.; WU, B.; HU, H.; PAN, Z.; CHEN, S.; FANG, W. 2008 Pathogenetic characterization of Vibrio parahaemolyticus isolates from clinical and seafood sources. International Journal of Food Microbiology, 126(1-2): 71-75.

XIE, T.; WU, Q.; ZHANG, J.; XU, X.; CHENG, J. 2017 Comparison of Vibrio parahaemolyticus isolates from aquatic products and clinical by antibiotic susceptibility, virulence, and molecular. Food Control, 71(1): 315-321.

WANG, R.X.; WANG, J.Y.; SUN, Y.C.; YANG, B.L.; WANG, A.L. 2015 Antibiotic resistance monitoring in Vibrio spp. isolated from rearing environment and intestines of abalone Haliotis diversicolor. Marine Pollution Bulletin, 101(1): 701-706.

WEISBURG, W.G.; BARNS, S.M.; PELLETIER, D.A.; LANE, D.J. 1991 16S ribosomal DNA amplification for phylogenetic study. Journal of Bacteriology, 173(2): 697-703.

WONG, M.H.Y.; LIU, M.; WAN, H.Y.; CHEN, S. 2012 Characterization of extended spectrum-β-lactamase-producing Vibrio parahaemolyticus. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, 56(7): 4026-4028.

YÁí­"˜EZ, R.; BASTIAS, R.; HIGUERA, G.; SALFADO, O.; KATHARIOS, P.; ROMERO, J.; ESPEJO, R.; GARCIA, K. 2015 Amplification of tlh gene in other Vibrionaceae specie by specie-specific multiplex PCR of Vibrio parahaemolyticus. Electronic Journal of Biotechology, 18(6): 459í 463.

YEUNG, P.S.M.; BOOR, K.J. 2004 Epidemiology, pathogenesis, and prevention of foodborne Vibrio parahaemolyticus infections. Foodborne Pathogens and Disease, 1(2): 74-88.

YU, Q.; NIU, M.; YU, M.; LIU, Y.; WANG, D.; SHI, X. 2016 Prevalence and antimicrobial susceptibility of Vibrio parahaemolyticus isolated from retail shellfish in Shanghai. Food Control, 60(1): 263-268.

Downloads

Publicado

2018-12-25

Edição

Seção

Artigo cientí­fico