FAUNA PARASITÁRIA DE TAMBAQUIS CULTIVADOS EM TANQUES-REDE E EM DUAS DENSIDADES DE ESTOCAGEM
DOI:
https://doi.org/10.20950/1678-2305.2019.45.3.492Palavras-chave:
agregação, Amazônia, piscicultura, parasitosResumo
Este estudo investigou os parasitos de Colossoma macropomum cultivados em duas diferentes densidades de estocagem em tanques-rede instalados no Rio Matapi, estado do Amapá. Antes da estocagem dos peixes nos tanques-rede para engorda, peixes foram examinados para parasitos e também ao final de 90 e 180 dias nas densidades 50 e 100 peixes m-3, respectivamente. Todos os peixes foram parasitados por uma ou mais espécies entre Ichthyophthirius multifiliis, Piscinoodinium pillulare, Anacanthorus spathulatus, Mymarothecium boegeri, Notozothecium janauachensis, Procamallanus (Spirocamallanus) inopinatus e Acarina gen. sp., mas a dominí¢ncia foi de I. multifiliis. Os parasitos apresentaram padrão de dispersão agregada e não houve diferenças no fator de condição relativa dos peixes entre as densidades usadas. Houve correlação positiva da abundí¢ncia de I. multifiliis e abundí¢ncia de monogeneas com o comprimento e peso dos hospedeiros. Antes da estocagem dos peixes, foi menor intensidade média e abundí¢ncia média de I. multifiliis, A. spathulatus, M. boegeri quando comparados os peixes das densidades de 50 e 100 peixes m-3, os quais foram similares entre si. A intensidade média e abundí¢ncia média de N. janauachensis foi maior na densidade de 50 peixes m-3 quando comparando os peixes antes da estocagem e 100 peixes m-3. A abundí¢ncia média de P. (S.) inopinatus foi maior em peixes mantidos em 100 peixes m-3, quando comparados os peixes antes da estocagem e 50 peixes m-3. Porém, P. pillulare e ácaros ocorreram somente na densidade de 50 peixes m-3. Houve uma predominí¢ncia de ectoparasitos e poucos endoparasitos, como esperado. Portanto, é necessário o monitoramento constante dos parasitos, para melhor implementar estratégias de controle que visem evitar a ocorrência de doenças.
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