ASPECTOS BIOLÓGICOS E PESQUEIROS DO CAMARÃO-SETE-BARBAS (Xiphopenaeus kroyeri) CAPTURADO PELA PESCA ARTESANAL NO LITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Autores

  • Evandro SEVERINO RODRIGUES Pesquisador Cientí­­fico - Seção de Biologia Pesqueira -Divisão de Pesca Marí­­tima Instituto de Pesca - CPA/SAA http://orcid.org/0000-0002-7034-9641
  • José Benevides PITA Biologista - Seção de Biologia Pesqueira - Divisão de Pesca Marí­­tima - Instituto de Pesca - CPA/SAA
  • Roberto da GRAÇA LOPES Pesquisador Cientí­­fico - Seção de Biologia Pesqueira -Divisão de Pesca Marí­­tima Instituto de Pesca - CPA/SAA
  • José Alfredo Paiva COELHO Pesquisador Cientí­­fico - Seção de Biologia Pesqueira -Divisão de Pesca Marí­­tima Instituto de Pesca - CPA/SAA
  • Aboré PUZZI Pesquisador Cientí­­fico - Seção de Biologia Pesqueira -Divisão de Pesca Marí­­tima Instituto de Pesca - CPA/SAA

Palavras-chave:

camarão-sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri, pesca artesanal, biologia pesqueira

Resumo

Entre 1979 e 1980 analisaram-se 72 amostras de camarão-sete-barbas obtidas de barcos da frota arrasteira, considerada artesanal, que atuava entre 4 e 10 metros de profundidade, em três locais de desembarque do litoral paulista: Peruí­­be, Perequê e Ubatuba. Obtiveram-se amostras do camarão rejeitado, do comercial e do bruto. O peso total de camarão variou devido a flutuações naturais na disponibilidade do sete-barbas no meio, enquanto os percentuais de camarão comercializável e camarão rejeitado dependeram também das oscilações sazonais no padrão de seleção utilizado pelos pescadores. O percentual médio de rejeição foi de 22% nas três estações de coleta, oscilando entre 11 e 36% durante o ano. Constatou-se alta ocorrência de camarões pequenos o ano todo, sendo a espécie vulnerável í­Â s capturas a partir da classe de comprimento de 1,5 cm, com maior incidência de captura sobre as classes de 4,0 a 9,0 cm. Observou-se uma proporção entre os sexos de, aproximadamente, 1:1 na categoria "bruto", ocorrendo, nas áreas de pesca estudadas, predominantemente, indiví­­duos imaturos ou em iní­­cio de maturação gonadal (principalmente entre as fêmeas), caracterizando-se como ambiente de crescimento e não de reprodução para o camarão-sete-barbas. O comprimento estimado de iní­­cio de primeira maturação gonadal foi de 6,2 cm para os machos e 7,1 cm para as fêmeas, enquanto o de maturação, para 100% dos indiví­­duos, ocorreu aos 7,5 e 9,0 cm para machos e fêmeas, respectivamente. Os valores das constantes Φ e ÆŸ da fórmula matemática que relaciona o peso ao comprimento foram: Φ=3,00345x10-3 e ÆŸ=3,247002 para machos e Φ=3,074184x10-3 e ÆŸ=3,2314 para fêmeas.

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Publicado

2018-09-05

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

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