ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE ENZIMAS DIGESTIVAS PROTEOLÍTICAS DA TAINHA Mugil platanus GíÅ“NTHER, 1880 (OSTEICHTHYES, MUGILIDAE) DURANTE AS FASES LARVAL E JUVENIL
Palavras-chave:
desenvolvimento, sistema digestivo, atividade, enzimas proteolíticas, tainha, Mugil platanusResumo
O desenvolvimento funcional do sistema digestivo da tainha (Mugil platanus) durante as fases larval e juvenil foi estudado através da determinação da atividade de algumas enzimas proteolíticas. Foram utilizados exemplares com 4 até 29 dias de idade e jovens de 1 ano, mantidos nos laboratórios da Seção de Maricultura do Instituto de Pesca. A atividade enzimática de extratos obtidos de larvas inteiras, rotíferos, náuplios de Artemia sp. e do aparelho digestivo de exemplares de 1 ano foi determinada em espectrofotômetro. As atividades de tripsina e de carboxipeptidases A e B ocorrem desde o início da alimentação exógena. Pepsina e quimotripsina só foram detectadas na fase juvenil. A atividade enzimática em rotíferos e Artemia sp. foi equivalente ou superior í das larvas de M. platanus, mostrando que a atividade de enzimas exógenas tem um importante papel na alimentação nas primeiras etapas de desenvolvimento. Verificou-se que a ingestão de alimento induz o aumento da atividade enzimática em exemplares juvenis. A baixa atividade proteolítica apresentada durante a fase larval inicial dificulta a substituição dos organismos vivos por dietas artificiais. Nesta fase, as pesquisas devem ser direcionadas para desenvolver dietas que contenham proteínas previamente hidrolisadas ou aminoácidos livres e verificar a viabilidade da incorporação de enzimas purificadas por ocasião da manufatura da dieta.