Pyrrhulina brevis (Steindachner, 1876) como uma nova opção para a piscicultura ornamental nacional: larvicultura

Autores

  • Higo Andrade ABE Faculdade de Engenharia de Pesca, Laboratório de Ictioparasitologia e Piscicultura, Universidade Federal do Pará (UFPA) http://orcid.org/0000-0002-5717-9641
  • Joel Artur Rodrigues DIAS Faculdade de Engenharia de Pesca, Laboratório de Ictioparasitologia e Piscicultura, Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Carlos Alberto Martins CORDEIRO Faculdade de Engenharia de Pesca, Laboratório de Tecnologia do Pescado, Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Fabricio Menezes RAMOS Faculdade de Engenharia de Pesca, Laboratório de Tecnologia do Pescado, Universidade Federal do Pará (UFPA) http://orcid.org/0000-0001-9790-0598
  • Rodrigo Yudi FUJIMOTO EMBRAPA Tabuleiros Costeiros

Palavras-chave:

desempenho zootécnico, peixe ornamental, densidade de estocagem, frequência alimentar, salinidade

Resumo

No cenário de comercialização internacional de peixes ornamentais, os de origem amazônica ganham destaque, porém a sua maioria vem da pesca extrativa, o que gera pressão sobre as populações naturais. O desenvolvimento de tecnologias de criação de espécies de peixes ornamentais nacionais deve ser visto como um novo campo a ser explorado pela aquicultura nacional, gerando divisas, renda e proteção aos estoques naturais. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho produtivo de larvas de Pyrrhulina brevis em diferentes densidades de estocagem, frequências alimentares, taxas de alimentação e salinidades da água. O primeiro experimento foi realizado em um esquema fatorial de quatro concentrações de náuplios de Artemia sp. larva-1 dia-1 (50, 100, 150 e 200) e duas frequências alimentares (2 e 4). O teste de densidade de estocagem foi realizado através de seis tratamentos (1, 5, 10, 20, 40 e 80 larvas L-1). A avaliação da salinidade consistiu em um fatorial contendo quatro densidades de estocagem (1, 5, 10 e 15 larvas L-1) e quatro concentrações de sal (0, 2, 4 e 6 g L-1). As melhores taxas de alimentação e frequência alimentar foram 150 náuplios de Artemia sp. e quatro refeições diárias; a melhor densidade de estocagem foi 40 larvas L-1; e as larvas podem ser criadas em água salinizada até 2 g L-1 como profilaxia, porém em densidade de estocagem não superior a 5 larvas litro-1.

Referências

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Publicado

2018-07-07

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

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