DESENVOLVIMENTO PONDERAL DOS ESCARGOTS, Helix aspersa maxima (GROS GRIS) E Achatina fulica (GIGANTE AFRICANO), ALIMENTADOS COM DIFERENTES TIPOS DE VEGETAIS

Resumo

Este trabalho objetivou avaliar o desenvolvimento ponderaI de escargots das espécies Helix aspersa máxima e Achatina fulica, em estado de confinamento, alimentados em regime intensivo até a fase adulta com diferentes tipos de vegetais. Assim, exemplares juvenis provenientes do Heliário Modelo do Centro de Pesquisa em Aquicultura, com um mês de idade, foram alimentados com 30 tipos diferentes de vegetais, que consistiram em: abobrinha verde com casca, em fatias (T₁); folha de alface (T₂); folha de almeirão (T₃); casca de banana nanica (T₄); polpa de banana nanica (T₅); berinjela, em fatias (T₆); folha de beterraba (T₇); beterraba ralada (T₈); folha de cenoura (T₉); cenoura ralada (T₁₀); chuchu com casca, ralado (T₁₁); folha de chuchu (T₁₂); folha de couve-manteiga (T₁₃); folha de escarola (T₁₄); pepino com casca, ralado (T₁₅); folha de rabanete (T₁₆); folha de repolho verde (T₁₇); folha de repolho roxo (T₁₈); folha de rúcula (T₁₉); tomate, em fatias (T₂₀); papa de arroz beneficiado (T₂₁); milho verde cru e moí­­do (T₂₂); abóbora triturada (T₂₃); maçã, em fatias (T₂₄); pêra, em fatias (T₂₅); batata, em fatias (T₂₆); papa de arroz parboilizado (T₂₇); fubá cozido (T₂₈); folha de brócolos (T₂₉) e feijão cozido (T₃₀). O crescimento em peso (W) e em comprimento (Lch) e a sobrevivência dos animais foram avaliados semanalmente. Para obtenção da taxa de conversão alimentar, os vegetais foram previamente pesados, bem como suas sobras. O teste de Tukey revelou, no ní­­vel de 1%, que os melhores resultados para H. aspersa máxima foram obtidos com papa de arroz beneficiado, seguido pela abobrinha, repolho roxo e pepino. Já para A. fulica, o melhor desempenho zootécnico da criação foi alcançado com animais alimentados com fubá cozido, batata, folha de rabanete e casca de banana nanica. Verificou-se também que animais submetidos a um único tipo de alimento, í­Â  base de vegetais, não atingem o tamanho comercial, preferem vegetais tenros e úmidos e a taxa de consumo diário varia com o tipo de vegetal utilizado como alimento e com o tamanho. Corroborando as recomendações de AVAGNINA (1997), a helicicultura que não contar com um sistema rotativo de alimentação vegetal certamente terá aumentada sua taxa de nanismo, apresentará conchas moles e baixo peso.