Comparação entre o selênio orgí­¢nico e o inorgí­¢nico empregados na dieta de alevinos de jundiá (Rhamdia quelen)

Autores

  • Sérgio Renato Noguez Piedras Dr. Prof. da Escola de Ciências Ambientais da Universidade Católica de Pelotas/RS
  • Paulo Roberto Rocha Moraes Oceanólogo, Especialista da Estação de Piscicultura da Universidade Católica de Pelotas/RS
  • Loraine André Isoldi Drª. Prof.ª da Escola de Ciências Ambientais da Universidade Católica de Pelotas/RS
  • Juvêncio Luís Osório Fernandes Pouey Médico Veterinário, Dr. Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Pelotas/RS Bolsista do CNPq http://orcid.org/0000-0002-5740-4466
  • Fernando Rutz Dr. Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Pelotas/RS

Palavras-chave:

sobrevivência, crescimento, ganho de peso, Rhamdia quelen, selênio

Resumo

O selênio é considerado mineral essencial ao bom desempenho dos peixes e, como nutriente, é necessário na dieta dos mesmos em concentrações de cerca de 0,1 a 0,5 mg/kg de peso seco. Sua deficiência pode resultar na redução do crescimento, da fertilidade e da produção de anticorpos. O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito da suplementação da dieta de alevinos de jundiá (Rhamdia quelen) com selênio orgí­¢nico e inorgí­¢nico, comparando-se o desempenho de três lotes de 20 alevinos (98,0 ± 12,0 mg), com quatro repetições, cujas dietas foram assim suplementadas: 0,3 mg de selênio inorgí­¢nico/kg + 0,3 mg de selênio orgí­¢nico/kg (T1); 0,6 mg de selênio inorgí­¢nico/kg (T2); e 0,6 mg de selênio orgí­¢nico/kg (T3). Após 55 dias de cultivo, o lote que recebeu suplementação exclusivamente de selênio orgí­¢nico (T3) apresentou resultados significativamente superiores de í­­ndice de sobrevivência, peso médio final e uniformidade do lote, concluindo-se que o selênio orgí­¢nico melhora o desempenho de alevinos de jundiá.

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Publicado

2018-10-29

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)

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