Índices de condição corporal em juvenis de Brycon amazonicus (Spix & Agassiz, 1829) e Colossomoma macropomum(Cuvier, 1818) na Amazônia

Autores

  • Marcos Tavares-Dias Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB), UFAM, Coari, AM / Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Saúde e Biotecnologia. Estrada Coari-Mamiá http://orcid.org/0000-0002-8376-1846
  • Jaydione L. Marcon Instituto de Ciências Biológicas (ICB), UFAM, Manaus, AM
  • Jefferson R. G. Lemos Instituto de Ciências Biológicas (ICB), UFAM, Manaus, AM
  • Jorge D. I. Fim Coordenação de Pesquisa em Aq-­¼icultura (CPAQ), INPA. Manaus, AM
  • Elizabeth G. Affonso Coordenação de Pesquisa em Aq-­¼icultura (CPAQ), INPA. Manaus, AM http://orcid.org/0000-0003-0080-8635
  • Eduardo A. Ono Coordenação de Pesquisa em Aq-­¼icultura (CPAQ), INPA. Manaus, AM

Palavras-chave:

Brycon amazonicus, Colossoma macropomum, fator de condição, relação esplenossomática, relação hepatossomática

Resumo

O fator de condição relativo (Kn), relação esplenossomática (RES) e relação hepatossomática (RHS) foram comparados em juvenis de Brycon amazonicus (matrinxã) e Colossomoma macropomum (tambaqui). Espécimes de B. amazonicus e C. macropomum pesando entre 18,0 e 38,0 g e 14,0 e 79,0 g, respectivamente, foram coletados de viveiros da Coordenação de Pesquisa em Aquicultura, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Manaus, Brasil). O Kn em B. amazonicus variou de 0,90 a 1,10 e em C. macropomum de 0,79 a 1,25. Os valores médios da RES em C. macropomum foram significativamente maiores (P<0,05) que em B. amazonicus, enquanto os valores médios da RHS não apresentaram diferenças significativas (P>0,05) entre as duas espécies. Em C. macropomum o peso esplênico e o peso hepático estiveram positivamente correlacionados com a massa corporal. Porém, em B. amazonicus essa relação não ocorreu entre o peso esplênico e a massa corporal, indicando um padrão espécie-especí­­fico. A observí­¢ncia do Kn, RES e RHS em B. amazonicus e C. macropomum sugere que os indiví­­duos dessas espécies apresentaram boas condições de higidez. Portanto, recomenda-se a ampliação desses í­­ndices como indicadores de higidez para outras espécies ictí­­icas de importí­¢ncia econômica ainda não estudadas neste contexto.

 

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Publicado

2018-11-01

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

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