Cultivo de pós-larvas de Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879) com os alevinos de Pterophyllum scalare(Heckel, 1840) e Carassius auratus (Günther, 1870) em laboratório

Autores

  • Sueli Domingos da SILVA Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Pernambuco
  • George Nilson MENDES Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Pernambuco
  • Anita Rademaker VALENÇA Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Pernambuco

Palavras-chave:

policultivo, peixes ornamentais, Macrobrachium rosenbergii, Carassius auratus, Pterophyllum scalare

Resumo

Avaliou-se o monocultivo do camarão Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879) e policultivo com os peixes ornamentais japoneses, Carassius auratus (Günther, 1870) e acará, Pterophyllum scalare (Heckel, 1840), no Laboratório de Aquicultura (UFPE), de 1 de junho de 1998 a 19 de janeiro de 1999. A densidade do camarão foi igual em todos os experimentos: vinte pós-larvas (PLs) por aquário (volume = 50 litros, área = 0,125 m2), enquanto as dos peixes variaram. No experimento I, as densidades do acará foram dois, quatro, seis e oito, com vinte PLs de camarão e um peixe-japonês, nos tratamentos A, B, C e D, respectivamente. No experimento II, as do peixe-japonês foram um, dois, três e quatro, com vinte PLs e oito acarás nos tratamentos A, B, C e D, respectivamente. No experimento III foram realizados seis tratamentos: A - vinte camarões, B - um peixe-japonês, C - oito acarás, D - vinte camarões e um peixe-japonês, E - vinte camarões e oito acarás e F - um peixe-japonês e oito acarás. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Quinzenalmente, as pós-larvas eram pesadas, os peixes medidos e avaliada a sobrevivência. As variáveis analisadas não foram significativamente diferentes entre os tratamentos dos experimentos I e II, e, apenas no III, a sobrevivência e o comprimento final apresentaram diferenças entre os tratamentos com acarás, mas não entre os tratamentos com peixe-japonês. O policultivo do camarão com os peixes ornamentais foi considerado viável, recomendando-se as densidades de vinte PLs de M. rosenbergii, oito P. scalare e um C. auratus.

Referências

ALBUQUERQUE FILHO, A. C. 2003 Revisão Bibliográfica e documental de dados biológicos e comerciais de peixes ornamentais no Brasil. Fortaleza.109 p. (Dissertação de pós-graduação. Universidade Federal do Ceará).

ARAí­Å¡JO, F. G. e PORTZ, L. 1997 Consorciamento do camarão gigante da Malásia (Macrobrachium rosenbergii) com tilápia nilótica (Oreochromis niloticus) e com carpa comum (Cyprinus carpio) em diferentes taxas de estocagem. B. Inst. Pesca, São Paulo, 24: 57-69.

CAVALCANTI, L. B.; CORREIA, E. S.; CORDEIRO, E. A.1986 Camarão. Manual de cultivo do Macrobrachium rosenbergii (pitu havaiano í  gigante da malásia). Recife:Aquaconsult. 143 p.

CHELLAPPA, S. 2005 Acará-bandeira, Pterophyllum scalare. In: BALDISSEROTTO, B. e GOMES, L. C.(Org.). Espécies nativas para piscicultura no Brasil. Santa Maria: Ed. da UFSM. p. 393-402.

CHAO, N. L.; PRANG, G.; PETRY, P. 2001 Maintenance and Sustainable Development of Ornamental Fisheries in the Rio Negro Basin, Amazonas, Brazil.. In: Conservation and Management of Ornamental Fish Resources of the Rio Negro Basin, Amazonas í  Projeto Piaba. Manaus: Universidade do Amazonas. p.3-14.

DOMINGOS, S. S.; MENDES, G. N.; LOPES, A. C. S.;MENDES, C. C.; MENDES, P. C.; PEDRESCHI, O.;VALENí­"¡A., A. R.; MARINHO, S. A. M. 1999a Policultivo do camarão Macrobrachium jelskii com o peixe ornamental Carassius auratus. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PESCA, 11; CONGRESSO LATINO-AMERICANO
DE ENGENHARIA DE PESCA, 1, Recife, 17-21/out/1999. Anais... v. 2, p.760-765.

DOMINGOS, S. S.; MENDES, G. N.; LOPES, A. C. S.;MENDES, C. C.; MENDES, P. C.; PEDRESCHI,O.; VALENí­"¡A, A. R.; MARINHO, S. A. M.;BARBOSA, M. P. 1999b Policultivo do camarão de água doce Macrobrachium rosenbergii com o peixe ornamental Xiphophorus helleri em tanques berçários. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PESCA, 11; CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE ENGENHARIA DE
PESCA, 1, Recife, 17-21/out/1999. Anais... v. 2,p.767-776.

LILYESTROM, C. G.; ROMAIRE, R. P.; AHARON,P. 1987 Diet and food assimilation by channel catfish and Malaysian prawns in polyculture as determined by stomach content analysis and stable carbon isotope ratios. J. World Aquacult. Soc., Baton
Rouge, 18(4): 278-288.

LIMA, A. O. 2004 Piscicultura ornamental í  uma modalidade em plena expansão. In: Aqüimerco 2004/Simpósio Mercosul de Aqüicultura, 1,Vitória, 24-28/set./2004. Resumos do salão do produtor. p. 48-49.

LIMA, A. O.; BERNARDINO, G. e PROENí­"¡A , C. E.M. 2001 Agronegócio de peixes ornamentais no Brasil e no mundo. Panorama da Aqüicultura, Rio de Janeiro, 11(65): 14-24.

MENDES, G. N. e SANTOS, P. J. P. 1997a Semiintensive production of angel fish Pterohyllum scalare (Heckel, 1840). In: International Symposium Biology of Tropical Fishes, Manaus. Resumos…,p. 142.

MENDES, G. N. e SANTOS, P. J. P. 1997b Intensive Intensive culture of the sumatra barb Barbus tetrazona in ponds. In: International Symposium Biology of In: International Symposium Biology of Tropical Fishes, Manaus. Resumos…, p. 143.

MENDES, G. N. e VALENí­"¡A, A. R. 2006 Piscicultura ornamental, uma alternativa lucrativa. Recife: AGN Gráfica. 48 p.

NEW, M. B. 1987 Feeding of fish and shrimp. Rome:FAO. 275p.

NEW, M. B. 2005 Freshwater prawn farming: global status, recent research and a glance at the future. Aquaculture Research, 36: 210-230.

PEDRESCHI, O.; MENDES, G. N.; SILVA, S. D.;VALENí­"¡A, A. R.; LOPES, A. C. S.; MENDES, C. C.; MENDES, P. C. 1999 Policultivo intensivo dos peixes ornamentais Molinesia velifera e Barbo conchonius com o camarão forrageiro Macrobarchium jelskii. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PESCA, 11; CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE ENGENHARIA DE PESCA, 1, Recife, 17-21/out/1999. Anais... v. 1,
p. 220-225.

ROVERSO, E. A. 1990 Arraçoamento intensivo de pós-larvas de Macrobrachium amozicum Heller e Macrobrachium rosenbergii (De Man) (Decapoda,Palaemonidae) até a fase juvenil. B. Inst. Pesca, São Paulo, 17: 91 - 98.

SANTOS, M. J. M. 2004 Policultivo de camarão de água doce com tilápia. In: Aqüimerco 2004/Simpósio Mercosul de Aqüicultura, 1, Vitória, 24-28/set./2004. Resumos do salão do produtor. p. 50-53.

SOUZA, M. S. 1996 Piscicultura ornamental. Panorama da aqüicultura, Rio de Janeiro, 6 (36): 20-22.

STRICKLAND, H. D. H. and PARSONS, T. R. 1965 A manual of sea water analysis. Otawa: Bulletin Fisheries Research Board of Canada, v. 125, 205p.

VALENí­"¡A, A. R.; MENDES, G. N.; LOPES, A. C.S.; MENDES, C. C.; MENDES, P. C.; SILVA,
S. D.; PEDRESCHI, O. 1999a Policultivo de pós-larvas de Macrobrachium rosenbergii com alevinos de peixes ornamentais Melanotaenia sp. em berçário. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PESCA, 11; CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE ENGENHARIA DE PESCA, 1, Recife, 17-21/out/1999. Anais... v. 2, p. 778-784.

VALENí­"¡A, A. R.; MENDES, G. N.; MENDES, C. C.;MENDES, P. C.; SILVA, S. D.; PEDRESCHI, O.; LOPES, A. C. S. 1999b Policultivo dos peixes ornamentais Pterophyllum scalare (Heckel, 1840) e Poecilia reticulata (Peters, 1859) com camarão de água doce Macrobrachium jelskii (Miers, 1877). In:CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PESCA, 11; CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE ENGENHARIA DE PESCA, 1, Recife,17-21/out/1999. Anais... v. 1, p. 226-231.

VALENTI, W. C. 2002a Criação de camarões de água doce. In: CONGRESSO DE ZOOTECNIA, 12, Vila Real, Portugal, Anais... Vila Real: Associação Portuguesa dos Engenheiros Zootécnicos. p. 229-237.

VALENTI, W. C. 2002b Situação atual, perspectivas e novas tecnologias para produção de camarões de água doce. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQí­Å“ICULTURA, 12, Goií­¢nia, p. 99-106.

VIDAL Jí­Å¡NIOR, M. V. 1996 Manual de produção e criação de peixes ornamentais. Viçosa: CPT. 47p.

ZAR, J. H. 1996 Biostatistical analysis. 3. ed. New Jersey: Prentice-Hall. 662p.

ZIMMERMANN, S. e RODRIGUES, J. B. R. 1998 Policultivo do camarão de água doce com peixes. In: VALENTI, W. C. (Ed.). Carcinicultura de água doce. Tecnologia para produção de camarões. Brasí­­lia:Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Renováveis. p. 269 í  278.

Downloads

Publicado

2018-11-03

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)