Aspectos da estrutura populacional do mexilhão Perna perna, relacionados í­Â  extração em bancos naturais, na Baí­­a de Santos, Estado de São Paulo, Brasil

Autores

  • Marcelo Henriques Pesquisador Cientí­­fico - Centro APTA do Pescado Marinho - Instituto de Pesca -  APTA - SAA -  SP http://orcid.org/0000-0003-1419-9121
  • Helcio Marques Pesquisador Cientí­­fico -  Instituto de Pesca - APTA - SAA -  SP http://orcid.org/0000-0002-8653-2547
  • Orlando Pereira Pesquisador Cientí­­fico - Centro APTA do Pescado Marinho - Instituto de Pesca -  APTA - SAA -  SP
  • Gastão Bastos Pesquisador Cientí­­fico - Centro APTA do Pescado Marinho - Instituto de Pesca -  APTA - SAA -  SP

Palavras-chave:

mexilhão, Perna perna, bancos naturais, estrutura populacional, Baí­­a de Santos, extratores marisqueiros

Resumo

Mexilhões Perna perna (Linnaeus, 1758) provenientes de bancos naturais da Baí­­a de Santos, Estado de São Paulo, Brasil, foram estudados visando avaliar a estrutura populacional através da análise das frequências de comprimentos. Os dados foram obtidos em quatro bancos: Saco do Major, Ilha das Palmas, Praia de Paranapuã e Fortaleza de Itaipu. Constatou-se que os bancos do lado Leste da Baí­­a de Santos (Saco do Major e Ilha das Palmas) apresentaram mexilhões com comprimentos maiores que aqueles dos mexilhões dos bancos do lado Oeste (Praia de Paranapuã e Fortaleza de Itaipu), e que os marisqueiros exploram intensivamente estes bancos de mexilhões. Os bancos do lado Leste estão mais expostos í­Â  ação das ondas, o que pode explicar as diferentes intensidades de exploração entre os dois lados, Leste e Oeste. Buscando conhecer o valor da taxa de extração anual e traçar o perfil da população envolvida na atividade, aplicaram-se questionários í­Â s comunidades locais. Com os dados fornecidos, os extratores puderam ser reunidos em dois grupos. O grupo mais numeroso vive no bairro Santa Cruz dos Navegantes, e os extratores trabalham principalmente como pescadores e complementam a renda familiar com a extração de mexilhões. O segundo grupo, menos organizado, é composto, em sua maior parte, de indiví­­duos desempregados, sem ví­­nculo com a pesca tradicional. A produção anual estimada dos dois grupos (quarenta e sete extratores) foi de 364 toneladas métricas. Os resultados deste trabalho permitem concluir que a explotação do mexilhão P. perna, por extração, na Baí­­a de Santos, está próxima de seu limite máximo, recomendando-se sua substituição pela implantação, a médio prazo, de projetos comerciais de mitilicultura, aliada ao cumprimento dos perí­­odos de defeso da espécie na região e a uma polí­­tica de explotação sustentada dos bancos naturais, para extração de sementes e de animais adultos.

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Publicado

2018-07-04

Edição

Seção

Artigo cientí­fico