ALIMENTAÇÃO DO MANDI, Pimelodus maculatus LACÉPíˆDE, 1803 (OSTEICHTHYES, PIMELODIDAE), DE TRECHOS DOS RIOS JAGUARÍ E PIRACICABA, SÃO PAULO-BRASIL
Palavras-chave:
NíO CONSTAResumo
O presente estudo, visando ao conhecimento de aspectos da alimentação do mandi, Pimelodus maculatus Lacépí¨de, 1803, dos rios Jaguari e Piracicaba, foi realizado no período de julho de 1972 a junho de 1973. A extensão fluvial considerada, aproximadamente 120 quilômetros, foi dividida em três setores nos quais, através de coletas quinzenais, foram obtidos, entre machos e fêmeas, 674 exemplares. A análise das frequências de exemplares apresentando estômago vazio e com conteúdo mostra que entre os sexos não existem variações quanto a esse aspecto; maior número de estômagos vazios é encontrado na estação quente e, também, entre os indivíduos mais velhos. O conteúdo estomacal foi analisado através dos métodos de pontos e de ocorrência, constatando-se que o espectro alimentar de Pimelodus maculatus compõe-se de um número elevado de categorias. Integram a dieta organismos pertencentes a diversas comunidades aquáticas, bem como elementos de origem alóctone. Os principais componentes alimentares são matéria vegetal, insetos e "detritos". Variações na composição da dieta, em função das estações (fria e quente) são menos acentuadas que aquelas relacionadas í procedência e idade dos exemplares. Entre os exemplares mais velhos, para os quais o valor do coeficiente intestinal médio é mais baixo, observa-se acentuada tendência í ictiofagia