Avaliação bacteriológica da carne de bijupirá fresca, salgada e defumada proveniente de cultivo da baí­­a de Ilha Grande, Rio de Janeiro

Autores

  • Flávia Aline Andrade CALIXTO Pesquisadora em Tecnologia do Pescado, Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ). Doutoranda, Faculdade de Veterinária, UFF
  • Eduardo da Silva MACHADO Técnico de Laboratório da FIPERJ
  • Robson Maia FRANCO Professor Associado 4, Departamento de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Veterinária, UFF http://orcid.org/0000-0003-0003-2961
  • Eliana de Fátima Marques de MESQUITA Professor Associado 4, Departamento de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Veterinária, UFF http://orcid.org/0000-0003-4176-2522

DOI:

https://doi.org/10.20950/1678-2305.2016v42n1p209

Palavras-chave:

Rachycentron canadum, piscicultura marinha, microbiologia, controle higiênico-sanitário, conservação de alimentos

Resumo

O objetivo do presente estudo foi analisar a microbiota de carne de bijupirá cultivado em tanques-rede na Baí­­a de Ilha Grande, Rio de Janeiro e avaliar a eficiência do processamento de salga e defumação na redução da carga microbiana do produto salgado e/ou defumado. O presente trabalho apresentou os seguintes resultados para a contagem de Staphylo coccus aureus: para a carne fresca média de 8,1 UFC/g; a defumada apresentou média de 0,6 UFC/g; e a salga da apresentou resultado negativo. Para coliformes totais, os resultados foram: média de 3,7 UFC/g para carne fresca; para salgada, média de 2,2 UFC/g; e a defumada apresentou resultado negativo. Os resultados para Escherichia coli e Salmonella spp. foram de ausência nos três grupos: fresco, defumado ou salgado. A contagem de bactérias heterotróficas aeróbias mesófilas apresentou para a carne fresca a média de 307,5 UFC/g; a salgada, média de 133,2 UFC/g; enquanto a defumada apresentou 0,4 UFC/g de média. Todas as amostras se apresentaram dentro do padrão da legislação brasileira para qualidade microbiológica do produto.

 

Referências

AMBIG. O projeto. Disponí­­veis: <http://ambig.com.br/?page_id=17>. Acesso em: fev. 2015.

AYULO, A.M.; MACHADO, R.A.; SCUSSEL, V.M. 1994. Enterotoxigenic Escherichia coli and Staphylococcus aureus in fish and seafood from the southern region of Brazil. International Journal of Food Microbiology, 24(1-2): 171-178.

BAPTISTA-NETO, J.A.; WALLNER-KERSANACH, M.; PATCHINEELAM, S.M. 2008. Poluição marinha. Rio de Janeiro: Editora Interciência. 412p.

BALTAZAR, C.; SANCHES, S.A.; TELLES, E.O.; MERUSSE, J.L.B.; BALIAN, S.C. 2013. Qualidade do bacalhau salgado seco comercializado em temperatura ambiente e refrigerado. Brazilian Journal of Food Technology, 16(3): 236-242.

BASTI, A.A.; MISAGHI, A.; SALEHI, T.Z.; KAMKAR, A. 2006.Bacterial pathogens in fresh, smoked and salted Iranian fish. Food Control, 17: 183-188.

BIATO, D.O. 2005. Detecção e controle de off flavor em tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), por meio de depuração e defumação.Piracicaba. 105 f. Dissertação (Mestrado em Ciências- Ciência e Tecnologia de Alimentos) í  Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2005. Disponí­­vel em:< www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-19052005.../denise.pdf> . Acesso em: fev. 2015.

BRASIL. Resolução RDC n°12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Ministério da Saúde. ANVISA. Diário Oficial da União, Brasí­­lia, DF, 12 de janeiro de 2001.

CAMARGO, S.G.O.; POUEY, J.L.O.F. 2005. Aquicultura: um mercado em expansão aquaculture. Revista Brasileira de Agrociência, 11(4): 393-396.

CASTRO, G.L.M. 2009. Avaliação da qualidade sanitária do pescado salgado seco comercializado nas feiras livres de Belém-PA.Belém. 46 f. Monografia (Especialização em Veterinária-Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal) í Centro de Ciência Agrárias, Universidade Castelo Branco, Belém, 2009. Disponí­­vel em:< http://qualittas.com.br/uploads/documentos/Avaliacao%20da%20Qualidade%20-%20Giselle%20Luciana%20de%20Matos%20Castro.pdf>. Acesso em: fev. 2015.

DAMASCENO, A. 2009. Qualidade (sensorial, microbiológica, fí­­sico-quí­­mica e parasitológica) de salmão (Salmo salar Linnaeus, 1778) resfriado, comercializado em Belo Horizonte, MG. Belo Horizonte. 48f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Escola de Veterinária, Universidade de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

FARIAS, H. 2008. Qualidade higiênico-sanitário na cadeia produtiva de ostras, Crassostrea sp., cultivadas na Baí­­a de Guaratuba, PR, Brasil. Curitiba. 94f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2008.

FAO.1997a. The state of world fisheries and aquaculture- overview. INFOFISH Internacional, 5/97: 17-20.

FAO. 1997b. Fisheries and Aquaculture Department. Garantia da qualidade dos produtos da pesca. Roma: FAO, n.334. 176 p. FAO Documento Técnico sobre as Pescas. Disponí­­vel em:< http://www.fao.org/docrep/003/t1768p/T1768P00.HTM>. Acesso em: jun. 2008.

FORSYTHE, S.J. 2002. Microbiologia da segurança alimentar. Porto Alegre: Artmed. 424p.

GONí­"¡ALVES, A.A.; DANTAS NETO, A.B.; GUILHERME, D.D.; MARQUES, M.K.; SALES, T.M.O; LIMA, J.T.A.X. 2014. Técnicas de processamento e beneficiamento visando agregação de valor do bijupirá, Rachycentron canadum. In: NUNES, A.J.P. Ensaios com o Beijupirá: Rachycentron canadum. Fortaleza: Ministério da Pesca e Aquicultura, CNPQ, UFC. p. 167-197.

GONí­"¡ALVES, A.A. e OLIVEIRA, A.C.M. 2011. Defumação de pescado. In: GONí­"¡ALVES, A.A. Tecnologia do pescado: ciência, tecnologia, inovação e legislação. São Paulo: Editora Atheneu. p. 166-180.

JAY, J.M. 2005. Microbiologia de alimentos. 6. ed. Porto Alegre: Artmed. 711p.

LAI, Y.Y. 2005. Study on bacterial flora in liver-kidney-spleen of diseased cobia and grouper with bacteria infection. Disponí­­vel em: <wehttp://etd.lib.nsysu.edu.tw/ETD-db/ETD-search/view_etd?URN=etd-1109105-153502>. Acesso em: nov. 2014.

LIAO, I.C.; HUANG, T.S.; TSAI, W.S.; HSUEH, C.M.; CHANG, S.L.; LEAí­"˜O, E.M. 2004. Cobia culture in Taiwan: current status and problems. Aquaculture, 237: 155-165.

MASSAGUER, P.R. 2005. Microbiologia dos processos alimentares. São Paulo: Varela. 258p.

MOHAMED-HATHA, A.A. and LAKHMANPERUMALSAMY, P. 1997. Prevalence of Salmonella in fish and crustaceans from markets in Coimbatore, South India. Food Microbiology, 14: 111-116.

MOUCHREK-FILHO, V.E.; CHAAR, J.S.; NASCIMENTO, A.R.; MOUCHREK-FILHO, J.E.; COSTA, IS.; MARTINS, A.G.L.A.; MARINHO, S.C. 2002. Avaliação microbiológica do pirarucu (Arapaima gigas) seco e salgado, comercializado nas feiras livres da cidade de Manuas-AM. Cadernos de Pesquisa, 13(1): 14-21.

NATES, V.A.; FERREIRA, M.W.; TRINDADE, C.S.P.C. SANTOS, R.M; SILVA, T.A.S.; VALADARES, R.S.S. 2014. Filés de tambacu submetidos a salga seca e salga úmida. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, 15(2): 450-458.

SOUZA, M.L.R. 2003. Processamento do filé e da pele da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus): aspectos tecnológicos, composição centesimal, rendimento, vida útil do filé defumado e testes de resistência da pele curtida.Jaboticabal. 169f. (Tese de doutorado. Centro de Aquicultura, UNESP). Disponí­­vel em:< http://www.caunesp.unesp.br%2Fpublicacoes%2Fdissertacoes_teses%2Fteses%2FTese%2520Maria%2520Luiza%2520Rodrigues%2520de%2520Souza.PDF&ei=GX67VcHGDsONNo6JuLgJ&usg=AFQjCNFhXqJe86m9sMXMv5y_GABbQvLV6w>.Acesso em: jul. 2015. VIEIRA, R.H.S.F. 2004. Microbiologia, higiene e qualidade do pescado: teoria e prática. São Paulo: Varela. 380p.

WANG, R. X. and FENG, J. 2008. Study on intestine bacteria from Rachycentron canadum Linnaeus and its zymogeni cities.Marine Environmental Science, v.4. Disponí­­vel em:< http://en.cnki.com.cn/Article_en/CJFDTOTAL-HYHJ200804002.htm>. Acesso em: nov. 2014.

3M FOOD SAFETY METHOD.3MTM PetrifilmTMSalmonella Express System. Easier Salmonella Detection, Faster Confirmation. It’s about time. São Paulo, 3M.2013.18p.

3MPETRIFILMâ"ž¢.Placa para contagem de aeróbios. São Paulo, 3M. 2013a.8p.

3MPETRIFILMâ"ž¢.Placa para contagem de E. coli e Coliformes. São Paulo, 3M. 2013b. 12p.

3MPETRIFILMâ"ž¢.Placa PetrifilmTM Staph Express para contagem expressa de Staphy lococcus aureus. São Paulo, 3M. 2013c. 6p.

Downloads

Publicado

2016-03-30

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)