DESMPENHO DE TILÁPIA DO NILO (Oreochromis niloticus) CRIADA EM GAIOLAS FLUTUANTES, COM DIFERENTES TAXAS DE ESTOCAGEM E PESO INICIAIS, NO SUL DO BRASIL

Autores

  • Lilian Terezinha WINCKLER-SOSINSKI Engenheira Agrônoma - Mestre em Zootecnia -  Consultora SEBRAE - RS e SENAR- RS
  • Ema Magalhães LEBOUTE Professora Orientadora do Departamento de Zootecnia - UFRGS

Palavras-chave:

tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus, gaiola, densidade de estocagem, peso inicial

Resumo

O sistema de criação de peixes em gaiolas flutuantes permite a utilização de corpos d'água para a produção intensiva sem a necessidade do preparo convencional do local. Esse sistema é promissor para um Estado como o Rio Grande do Sul, que possui grande quantidade de recursos hí­­dricos, entre eles as represas com o objetivo de armazenar água para utilização nas plantações de arroz irrigado. A tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus Linnaeus, 1757, masculinizada apresenta caracterí­­sticas favoráveis í­Â  criação, além da excelente qualidade de carne. Porém, apresenta crescimento limitado em baixas temperaturas, como as que ocorrem no sul do Brasil. Este trabalho teve como objetivo estudar a viabilidade de obtenção de tilápia do Nilo masculinizada, em gaiolas flutuantes, com peso ideal para abate (450 g), nos sete meses quentes do Rio Grande do Sul. Foram utilizadas duas densidades de estocagem (40 e 80 peixe/m3) e dois pesos iniciais (18 e 32 g), dispostos em fatorial 2x2, com diferentes números de repetições. A produção foi avaliada por biometrias, sendo que os resultados demonstram a possibilidade de alcançar o peso de abate durante o perí­­odo de crescimento estipulado apenas para os animais com o maior peso inicial. A taxa de estocagem não influenciou o ganho de peso, indicando que a densidade de 80 peixe/m3 é recomendada por apresentar rendimento duas vezes maior que a de 40 peixe/m3. O peso inicial influenciou o ganho de peso, sendo de 1,47 g/dia e 2 g/dia para os peixes com 18 e 32 g de peso inicial, respectivamente. A conversão alimentar média foi de 3,04:1.

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Publicado

2018-10-27

Edição

Seção

Artigo cientí­fico