COMPOSIÇÃO ESPECÍFICA E ABUNDÂNCIA DE PEIXES DE ZONAS RASAS DOS CINCO ESTUÁRIOS DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Autores

  • Lisiane Acosta RAMOS Bolsista de Mestrado da CAPES http://orcid.org/0000-0003-3670-1768
  • João Paes Vieira SOBRINHO Departamento de Oceanografia da Fundação Universidade Federal do Rio Grande

Palavras-chave:

abundí­¢ncia, assembléia de peixes, estuários, zonas rasas, Rio Grande do Sul

Resumo

Foram comparadas, quanto a composição especí­­fica e abundí­¢ncia, as comunidades de peixes de zonas rasas dos cinco estuários do Rio Grande do Sul. Realizaram-se amostragens de inverno e verão utilizando rede de arrasto de praia (picaré) de 9 m de comprimento por 1,2 m de altura e malhas de 5 mm no pano central e 13 mm nas asas. Para a análise da abundí­¢ncia considerou-se a CPUE. O caráter transicional entre a tropicalidade e a subtropicalidade pode ser evidenciado na composição da assembléia de peixes de zonas rasas que ocorrem nestes ambientes. As zonas rasas dos estuários do Rio Mampituba, Rio Tramandaí­­ e Arroio Chuí­­, quanto í­Â  abundí­¢ncia de peixes, foram dominadas pela famí­­lia Mugilidae, enquanto que os estuários da Lagoa do Peixe e Laguna dos Patos, dominados pela famí­­lia Atherinidae. A abundí­¢ncia parece estar relacionada ao gradiente latitudinal de temperatura e í­Â  área do estuário.

 

Referências

CASTELLO, J.P. 1985 La ecologia de los consumidores del estuario de la Laguna dos Patos, Brasil. In: YÁNEZARANCÍBIA, A. (ed.). Fish community ecology in estuaries and coastal lagoons. Towards an ecosystem
inte-gration. DR (R) UNAM Press, México, chap. 17:386-406.

CHAO, L.N.; PEREIRA, L.E.; VIEIRA, J.P.; BEMVENUTI, M.A.;CUNHA, L.P.R. 1982 Relação preliminar dos peixes
estuarinos e marinhos da Laguna dos Patos e região costeira adjacente, Rio Grande do Sul, Brasil. Atlí­¢ntica, Rio Grande, 5: 67-75.RAMOS VIEIRA

CHAO, L.N.; PEREIRA, L.E.; VIEIRA, J.P. 1985 Estuarine Fish Community of the dos Patos Lagoon, Brazil. A Baseline
Study. In: YÁNEZ-ARANCÍBIA, A. (ed.). Fish community ecology in estuaries and coastal lagoons. Towards an ecosystem integration. DR (R) UNAM Press, México, chap. 20: 429-450.

CHAVES, P. DE T. DA C. e CORRí­Å A, M.F.M. 1998 Composição ictiofauní­­stica da área de manguezal da Baí­­a de Guaratuba,Paraná, Brasil. Revta. bras. Zool., 15(1): 195-202.

CORSAN. 1992 Assessoria para a preservação de recursos hí­­dricos. Relatório Técnico: Recursos hí­­dricos
e abastecimento de água no litoral norte do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS. 41p.

CUNHA, L.P.R. 1981 Variação sazonal da distribuição, abundí­¢ncia e diversidade de peixes na zona de arrebentação da praia do Cassino, RS, Brasil. Rio de Janeiro, RJ. 44p. (Dissertação de Mestrado - Fundação Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ).

DAY, J.W.; HALL, C.A.S.; KEMP, W.M.; YÁí­"˜EZ-ARANCIBIA, A.; DEEGAR, L.A. 1989 Nekton, the free-swimming
consumers. In: Estuarine Ecology. Wiley-Inter-science Publ. p. 377-437.

DHN. Diretoria de Hidrografia e Navegação. 1974 Atlas de carta-piloto. Oceano Atlí­¢ntico de Trinidad ao Rio
da Prata. Rio de Janeiro.

FIGUEIREDO, J.L. 1981 Estudo das distribuições endêmicas de peixes da Proví­­ncia Zoo-geográfica Marinha Argentina. São Paulo, SP. 121p. (Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo - USP).

________ e MENEZES, N.A. 1978a Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. II Teleostei (1). São Paulo, MZUSP. 110p. ilust.

________ e ________ 1978b Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. III Teleostei (2). São Paulo,MZUSP. 90p. ilust.

GARCIA, A.M. e VIEIRA, J.P. 1997 Abundí­¢ncia e diversidade da assembléia de peixes dentro e fora de uma pradaria de Ruppia maritima L., no estuário da Laguna dos Patos. Atlí­¢ntica, Rio Grande, 19:161-181.

GODEFROID, R.S. 1997 Estrutura da comunidade de peixes da zona de arrebentação da Praia do Pontal, Paraná,
Brasil. Curitiba, PR. 130p. (Dissertação de MestradoUniversidade Federal do Paraná - UFPR).

HAEDRICH, R. 1992 Estuarine fishes. Ecosystems of world.Elsevier, v.26, 500p.

KANTIN, R. e BAUMGARTEN, M.G. 1982 Observações hidrográficas no estuário da Laguna dos Patos: distribuição e flutuações dos sais nutrientes. Atlí­¢ntica, Rio Grande, 5:76-92.

KENNISH, M.J. 1990 Ecology of estuaries. Biological aspects. Florida-USA, CRC Press. v. 2, 390p.

KLEIN, A.H.F. 1997 Regional climate. In: SEELIGER, U.;ODEBRECHT, C.; CASTELLO, J. P. (eds.). Subtropical
conver-gence environments: the coast and sea in the southwestern Atlantic. New York, SpringerVerlag. p. 5-7.

MARQUES, W.M. 1994 Estrutura da comunidade de peixes em enseadas protegidas do estuário da Laguna dos Patos (RS-Brasil). Rio Grande, RS. 58p. (Monografia de Graduação- Fundação Universidade do Rio Grande - FURG).

MYERS, A.A. e GILLER, P.S. 1991 Analytical biogeography. An integrated approach to the study of animal and plant distributions. London,Chapman e Hall. 578p.

MONTEIRO-NETO, C. 1990 Comparative Community Structure of Surf-Zone Fishes in the Chesapeake Bight and Southern Brazil. The College of William and Mary, Virginia, U.S.A. 150p. (Ph. D. Thesis).

MONTEIRO-NETO, C.; BLACHER, A.A.S.; LAURENT, F.N.; SNIZEK, M.B.; CANOZZI, L. L. C.; TABAJARA, A. DE 1990
Estrutura da Comunidade de Peixes em Águas Rasas na Região de Laguna, Santa Catarina, Brasil. Atlí­¢ntica, Rio Grande, 12(2): 53-69.

PEREIRA, L.E. 1994 Variação diurna e sazonal dos peixes demersais na barra do estuário da Laguna dos Patos,
RS. Atlí­¢ntica, Rio Grande, 16: 5-21.

________; RAMOS, L.A.; PONTES, S.X. 1998 Lista comentada dos peixes e crustáceos do estuário do Arroio
Chuí­­ e região costeira adjacente, RS. Atlí­¢ntica, Rio Grande, 20: 165-172.

PIANKA, E.R. 1966 Latitudinal gradients in species diversity: a review of concepts. The American Naturalist, 100 (910): 34-45.

RAMBO, B. 1956 A fisionomia do Rio Grande do Sul.Selbach, Porto Alegre. 456p.

RAMOS, L.A. 1999 Estudo comparativo das assembléias de peixes de zonas rasas dos estuários do Rio Grande do Sul, Brasil (diversidade e abundí­¢ncia). Rio Grande, RS. 140p. (Dissertação de Mestrado-Fundação Universidade do Rio Grande - FURG).

SCHWARZBOLD, A. 1982 Influência da morfologia no balanço de substí­¢ncias e na distribuição da macrófitas aquáticas nas lagoas costeiras do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS. 94p. (Dissertação de estrado Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS).

________ e SCHí­"žFER, A. 1984 Gênese das lagoas costeiras do Rio Grande do Sul - Brasil. Amazoniana, Manaus,
9(1): 87-104.Composição especí­­fica e abundí­¢ncia de peixes de zonas rasas

SCHALL, J.J. e PIANKA, E.R. 1978 Geographical trends in numbers of species. Science, 201: 679-686.

SILVA, C.P. 1982 Ocorrência, distribuição e abundí­¢ncia de peixes na região estuarina de Tramandaí­­, Rio Grande
do Sul. Atlí­¢ntica, Rio Grande, 5: 49-66.

SILVA, C.P. 1984 Rejeição de pescado na pesca de camarão-rosa com aviãozinho em Tramandaí­­-RS. Rel. Int.
Dep. de Pesca. Porto Alegre, 2 (2): 1-17.

SINQUE, C. e MUELBERT, J.H. 1998 Ictioplí­¢ncton. In: SEELIGER, U.; ODEBRECHT, C.; CASTELLO, J.P. (eds.).
Ecossistemas costeiros e marinhos do extremo sul do Brasil. Ecoscientia, Rio Grande. p. 56-60.

SOARES, C.F. 1995 Caracterização e diagnóstico ambientais do municí­­pio de Torres, litoral norte do Rio Grande do
Sul. Rio Grande, RS. 150p. (Monografia de Graduação -Fundação Universidade do Rio Grande - FURG).

VIEIRA, J.P. 1991 Juvenile mullets (Pisces: Mugilidae) in the estuary of Laguna dos Patos, RS, Brasil. Copeia,
2: 409-418.

VIEIRA, J.P.; CASTELLO, J.P.; PEREIRA, L.E. 1998 Ictiofauna. In: SEELIGER, U., ODEBRECHT, C. E CASTELLO, J.P. (eds.)
Os ecossistemas costeiro e marinho do extremo sul do Brasil. Ecoscientia, Rio Grande. p.60-68.

VIEIRA, J.P. e MUSICK, J.A. 1993 Latitudinal patterns in diversity of fishes in warm-temperate and tropical estuarine waters of the western Atlantic. Atlí­¢ntica,Rio Grande, 15: 115-133.

________ e MUSICK, J.A. 1994 A fish faunal composition in warm-temperate and tropical estuaries of western Atlantic. Atlí­¢ntica, Rio Grande, 16: 31-53.

WHITTAKER, R.H. 1965 Dominance and diversity in land plant communities. Science, 147: 250-259.

WOOTON, T. e OEMKE, M.P. 1992 Latitudinal differences in fish community trophic structure, and the role of
fish herbivory in Costa Rica stream. Environmental Biology, 35:311-319.

Downloads

Publicado

2018-10-28

Edição

Seção

Artigo cientí­fico