Efeito do probiótico Bacillus subtilis no crescimento, sobrevivência e fisiologia de rãs-touro (Rana catesbeiana)

Autores

  • Fernanda Menezes FRANÇA Instituto de Pesca -  APTA/SAA http://orcid.org/0000-0002-6097-5366
  • Danielle de Carla DIAS CAUNESP - Centro de Aq-­¼icultura da UNESP -  Jaboticabal http://orcid.org/0000-0002-8375-5948
  • Patrícia Coelho TEIXEIRA CAUNESP - Centro de Aq-­¼icultura da UNESP -  Jaboticabal
  • Adriana Sacioto MARCANTÔNIO Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Vale do Para-­­ba -  Pindamonhangaba -  APTA Regional/SAA
  • Marta Verardino De STÉFANI CAUNESP - Centro de Aq-­¼icultura da UNESP -  Jaboticabal
  • Antônio ANTONUCCI Instituto de Pesca -  APTA/SAA
  • Guilherme da ROCHA Instituto de Pesca -  APTA/SAA
  • Maria José Tavares RANZANI-PAIVA Instituto de Pesca -  APTA/SAA
  • Cláudia Maris FERREIRA Instituto de Pesca -  APTA/SAA

Palavras-chave:

rã-touro, Rana catesbeiana, probiótico, desempenho, hematologia, imunologia

Resumo

Os probióticos são micro-organismos vivos em estado de latência, que, adicionados ao alimento, beneficiam o desenvolvimento dos animais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do probiótico Bacillus subtilis em diferentes doses sobre o crescimento, sobrevivência, análises imunológicas e hematológicas de rãs-touro (Rana catesbeiana) recém-metamorfoseadas. O teste foi desenvolvido no Ranário Experimental da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, em Pindamonhangaba, SP. Foram utilizadas três doses do probiótico (T1 í  2,5 g/kg de ração, T2 í  5 g/kg de ração e T3 í  10 g/kg de ração), misturadas diretamente í­Â  ração. O teste foi conduzido com três réplicas simultí­¢neas e um grupo controle. Os animais foram alimentados previamente com esta dieta por 14 dias e acompanhados por 42 dias após a metamorfose. As biometrias foram realizadas a cada 7 dias. Foram avaliados o peso final, a taxa de sobrevivência, a capacidade fagocí­­tica e o í­­ndice fagocí­­tico. Para as análises hematológicas foram determinados hematócrito, taxa de hemoglobina, número de eritrócitos e í­­ndices hematimétricos absolutos (VCM e CHCM), além da contagem diferencial e total de leucócitos e contagem total de trombócitos. Os resultados obtidos indicaram que o peso final e a sobrevivência não sofreram influência das doses do probiótico testado. As análises imunológicas mostraram que o probiótico apresentou efeito imunoestimulador, mas não influenciou os parí­¢metros hematológicos dos animais.

 

Referências

BORATTO, A. J.; LOPES, D. C.; OLIVEIRA, R. F. M.; ALBINO, L. F. T.; SÁ, L. M.; OLIVEIRA, G. A. 2004. Uso de Antibiótico, de Probiótico e de Homeopatia, em Frangos de Corte Criados em Ambiente de Conforto, Inoculados ou não com Escherichia coli, Revista Brasileira de Zootecnia,Viçosa, 33(6): 1477-1485.

CANADELL, J. e GARCIA, I.A. 1992 Introducción a la tecnologí­­a probiótica. Noticeres, Caracas, 5: 1-8.

CASILLAS, E. e SMITH, L.S. 1977 Effect of stress on blood coagulation and haematology in rainbow trout (Salmo gairdneri). Journal Fish Biology Huntingdon,
10(5): 481-491.

CASTRO, J. C. 2003 Uso de Aditivos e Probióticos em Rações Animais. In: FERREIRA, C.M.; RANZANIPAIVA, M. J. T.; TEIXEIRA, P. C.; FRANí­"¡A, F. M.; DIAS, D. C. I. SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RANICULTURA E II CICLO DE PALESTRA SOBRE RANICULTURA DO INSTITUTO DE PESCA. Boletim Técnico do Instituto de Pesca, São Paulo, 34: 12-18.

COLLIER, H.B. 1944 The standardizations of blood haemoglobin determinations. Canadian Medical Association Journal, Ottawa, 50: 550-552.

COPPO, J. A. 2003 El médio interno de la "rana toro” (Rana catesbeiana, Shaw 1802). Revisión bibliográfica. Revista Veterinaria, Corrientes, 14(1):25-41.

COPPO, J.A.; MUSSART, N.B.; FIORANELLI, S.A.;BARBOZA, N.N.; KOZA, G.A. 2005 Variaciones fisiológicas atribuibles al crescimiento, alimentación y o, alimentación y
temperatura ambiental en sangre de Rana catesbeiana (Shaw, 1802). Revista Veterinaria, Corrientes, 16(2):74-83.

COPPOLA, M.M. e GIL-TURNES, C. 2004 Efeito do probiótico na resposta imune Ciência Rural, Santa Maria, 34(4): 1297-1303.

CROSS, M.L. 2002 Microbes versus microbes: immune signals generated by probiotic lactobacilli and their role in protection against microbial pathogens. Immunology and Medical Microbiology, Amsterdam,34(4): 245-253.

DIAS, D.C. 2006 Influência de probióticos no desempenho produtivo e fisiológico de rã-touro Rana catesbeiana Shaw, 1802. Jaboticabal. 80p. (Dissertação de Mestrado. Centro de Aqüicultura da UNESP).

DIAS, J. L. C. 1992 Influencia da temperatura ambiente sobre a resposta celular inflamatória e a evolução do perfil leuco-trombocitário no sangue periférico de rã touro gigante (Rana catesbeiana Shaw, 1802) São Paulo, 117p. (Tese de Doutoramento. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP).

FERREIRA, C.M.; PIMENTA, A.G.C.; PAIVA-NETO,J.S. 2002 Introdução í­Â  Ranicultura. Boletim Técnico do Instituto de Pesca, São Paulo, 33: 1-15.

FERREIRA, C.M.; BUENO-GUMARíES, H.M.; SOARES, S.R.C.; RANZANI-PAIVA, M.J.T.;
RIVERO, D.H.R.F.; SALDIVA, P.H.N. 2003 Hematological markers of cooper toxicity in Rana catesbeiana tadpoles (Bullfrog). Revista Brasileira de Toxicologia, São Paulo, 16(2): 83-88.

FIORANELLI, S.A.; COPPO, N.B.; COPPO, J.A.2003 Los glóbulos brancos de Rana catesbeiana (Anfí­­bia: Ranidae) Variación según sexo, edad, peso, crianza, alimentación y época del aí­±o. Unuversidad Nacional del Nordeste. Disponí­­vel
em: http://www.unne.edu.ar/Web/cyt/2003/comunicaciones/04-Veterinarias/V-004.pdf Acesso em: 26 mai. 2006.

FIORANELLI, S.A.; MUSSART, N.B.; COPPO, J.A. 2004 Efeito do sistema de criação, alimentação e mudanças estacionais sobre o peso vivo e valores do hemograma da rã touro gigante (Rana catesbeiana).Revista Veterinaria, Corrientes, 15(1): 9-16.

FONTANELLO, D. e FERREIRA, C.M. 1999 Ranário climatizado. São Miguel do Iguaçu: Academia Brasileira de Estudos Técnicos em Ranicultura (ABETRA). 20p.(Manual técnico).

FULLER, R. 1977 The importance of lactobacilli in maintaining normal microbial balance in the crop. British Poultry Science, Abingdon, 18: 85-94.

FULLER, R. 1989 Probiotics in man and animals: A review. Journal of Applied Bacteriology, Oxford, 66:365-378.

GOLDENFARB, P.B.; BOWYER, F.P.; HALL, E.;BROSIUS, E. 1971 Reproducibility in the
hematology laboratory: the microhematocrit determinations. American Journal Clinical of Pathology, Hagerstown, 56(1): 35-39.

GUZMÁN, G. A. 1992 Aplicación de Probióticos en la Acuacultura. In: SUÁREZ, L. E. C.; MARIE, D. R.; ALFARO, R. M. Memorias del Primer Simposium Internacional de Nutrición Acuí­­cola. Noevo León, México: Universidade Autónoma de Nuevo León
Monterrey. p.332-337.

HARRIS, J.A. 1972 Seasonal variation in some hematological characteristcs of Rana pipiens. Comparative Biochemistry and Physiology, Oxford,43(A): 975-989.

HORTON, J.D. 1994 Amphibians. In: TURNER, R.J. Immunology: A comparative approach. England: Jonh Wiley & Sons Ltd. p.102-135.

KAILASAPATHY, K. e CHIN, J. 2000 Survival and therapeutic potential of probiotic organisms with reference to Lactobacillus acidophilus and Bifidobacterium spp. Immunology and Cell Biology, Canberra, 78: 80-88.

LEE, Y. K.; NOMOTO, K.; SALMINEN, S.; GORBACH, S. L. 1999 Handbook of probiotics. New York: Wiley. 211p.

LIMA, S.L. e AGOSTINHO, C.A. 1992 A Tecnologia de Criação de Rãs. Viçosa: Folha de Viçosa. 168p.

PALENSKE, N.M. e SAUNDERS, D.K. 2003 Blood viscosity and hematology of American bullfrogs (Rana catesbeiana) at low temperature. Journal of Thermal Biology. New York, 28: 271-277.

PENHA, M.L.; DIAS, J.L.C.; MALUCELLI, B.E. 1996 Influence of low environmental temperature on the phagocytic activity of bullfrog (Rana catesbeiana) thrombocytes. Brazilian Journal of Veterinary Animal Science, São Paulo, 33(1): 15-18.

RANZANI-PAIVA, M.J.T. e SILVA-SOUZA, A. 2004 Hematologia de peixes brasileiros. In: RANZANIPAIVA, M.J.T.; TAKEMOTO, R.M.; LIZAMA, M.A.P. Sanidade de Organismos Aquáticos. São Paulo:Varela. p.89-120.

ROMERO-ARAUCO, L.R. 2006 Efeito do extrato hitroalcoólico de própolis em girinos de rã-touro (Rana catesbeiana) Jaboticabal. 102p. (Tese de Doutoramento. Centro de Aqüicultura da UNESP).

ROSENFELD, G. 1947 Corante pancrônico para hematologia e citologia clí­­nica. Nova constituição dos componentes do May Grünwald e do Giemsa num só corante de emprego rápido. Memórias do Instituto Butantan, São Paulo, 20: 329-334.

SILVA, J.R.M.C.; PORTO-NETO, L.R.; BORGES, J.C.S.;JENSCH-JUNIOR, B.E. 2005 Germicide capacity of macrophages in the Atlantic fish Notothenia coriiceps (Richardson, 1844) at 0ºC. Polar Biology,Berlin, 28(4): 326-328.

SILVA, J.R.M.C.; STAINES, N.A.; HERNANDEZBLAZQUEZ, F.J.; PORTO-NETO, L.R; BORGES,J.C.S. 2002 Phagocytosis and giant cell formation at 0ºC by macrophage of Notothenia coriiceps. Journal of Fish Biology, Scotland, 60: 466-478.

STÉFANI, M. V. 2001 Alimentação e Nutrição. In: FERREIRA, C.M. I CICLO DE PALESTRA SOBRE RANICULTURA DO INSTITUTO DE PESCA. Boletim Técnico do Instituto de Pesca, São Paulo, 31:18-20.

WANG, J.H. e CHANG, M.H. 1994 Studies on hematology of captive bullfrog, Rana catesbeiana.Coa Fisheries, Taipei, 46: 69-87.

WINTROBE, M.M. 1934 Variations in the size and hemoglobin content of erythrocytes in the blood of various vertebrates. Folia Hematologica, Leipzig, 51:32-49.

WIRZ, R.R; FONTANELLO, D.; ARRUDA SOARES, H.;FREITAS, E.A.N.; TEIXEIRA FILHO, A.R. 1992 Ganho de peso de rã-touro (Rana catesbeiana Shaw, 1802), criada em gaiolas, com rações de diferentes ní­­veis protéicos, consorciada com larvas de diptera (Musca domestica). Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, 19: 83-88.

ZAR, J. H. 1996 Biostatistical Analysis. 3rd.ed. New Jersey, USA: Prentice-Hall. 662p.

ZIEMER, C. J. e GIBSON, G. R. 1998 An overview of probiotics, prebiotcs and synbiotcs in the functional food concept: perspectives and future strategies. International Dairy Journal, Amsterdam, 8: 473-479.

Downloads

Publicado

2018-11-03

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3 > >>