Níveis de energia metabolizável para rações de rã touro
Palavras-chave:
rã-touro, Lithobates catesbeianus, energia metabolizávelResumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da interação entre o nível de proteína bruta (PB) e de energia metabolizável (EM) na ração de rãs através do desempenho dos animais (ganho de peso, consumo alimentar, conversão alimentar) e do rendimento e composição da carcaça. Foram formuladas cinco rações com 40% de PB e cinco níveis de EM (2.300; 2.400; 2.500; 2.600 e 2.700 kcal kgí 1 de ração), suplementadas com óleo. O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizados, com cinco tratamentos, quatro repetições e vinte e cinco animais por unidade experimental. Os pesos iniciais foram de: 13,0 - 17,0 g; 17,1 - 21,0 g; 21,1 - 25,0 g e 25,1 - 30,0 g, nos blocos 1, 2, 3 e 4 respectivamente. A alimentação foi fornecida "ad libitum†com 40% de larvas de mosca até o 30º dia e com 5% do 30º dia em diante. O consumo de ração não foi afetado pelo nível de EM na ração. O consumo de energia na ração teve o mesmo comportamento do consumo de ração, ou seja, houve tendência de maior consumo de energia para o nível de 2500 kcal/kg. A diferença entre o maior consumo de energia e o menor foi de 15,21% e esta diferença para o consumo de ração foi de 12,07%. A conversão alimentar não variou entre os níveis de EM. O rendimento da carcaça não foi influenciado pelo nível de EM na ração. As rãs que receberam ração com nível de 2.400 kcal kg-1 de EM apresentaram valor da relação hepatossomática superior ao nível de 2.600 kcal kg-1 de EM. Houve aumento da relação lipossomática quando aumentou o nível de EM.
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