Criopreservação e estocagem do sêmen do camarão branco

Autores

  • Thaís CASTELO BRANCO Chaves Programa de Pós-graduação em Zootecnia PPGZ, Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -UFRRJ
  • Andrea BAMBOZZI Fernandes Programa de Pós-graduação em Zootecnia PPGZ, Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -UFRRJ
  • Marco Roberto Bourg de MELLO Departamento de Reprodução e Avaliação Animal, Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ http://orcid.org/0000-0002-9790-4764
  • Lidia Myiako Yoshii OSHIRO Departamento Produção Animal, Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -  UFRRJ

Palavras-chave:

dimetilsulfóxido, glicerol, Litopenaeus schmitti, camarão marinho, esperma

Resumo

Este estudo foi realizado para avaliar um protocolo de criopreservação do sêmen do camarão marinho Litopenaeus schmitti, importante espécie para a pesca comercial no Brasil. Não foram encontrados estudos ou protocolos de criopreservação de sua massa espermática. Este estudo fornece informações sobre a técnica de armazenamento de sêmen com base em protocolos aplicados a outras espécies de peneí­­deos. Dois agentes crioprotetores, glicerol e dimetilsulfóxido (DMSO), foram testados quanto í­Â  toxicidade para as células espermáticas em duas concentrações (5 e 10%) e dois tempos de exposição (10 e 30 minutos). A influência da manutenção em nitrogênio lí­­quido sobre a viabilidade espermática aparente (VEA) foi também testada em 1, 15 e 30 dias de armazenamento. Para criopreservação utilizou-se um protocolo de congelamento em duas etapas (2 e 0,5°C min-1). Após o resfriamento até a temperatura de -32°C, a massa espermática foi imersa em nitrogênio lí­­quido (-196°C). Assim, glicerol e DMSO não foram tóxicos para o esperma em ambas as concentrações e tempos de equilí­­brio. Para todos os testes de toxicidade, a VEA foi de até 79,8% após a exposição. Os testes de armazenamento em nitrogênio lí­­quido não indicaram diferença significativa utilizando glicerol 5 e 10%, mas houve diferença significativa entre os dias 15 (42,8%) e 30 (16,3%), para a VEA. Assim, sugere-se a utilização de glicerol 5 ou 10% (10 minutos) como crioprotetor para a criopreservação de massa espermática do camarão L. schmitti. Também é sugerido que a massa espermática de L. schmitti pode ser armazenada durante 15 dias em nitrogênio lí­­quido, utilizando-se um protocolo de congelamento em duas etapas (2 e 0,5°C min-1).

Referências

AKARASANON, K.; DAMRONGPHOL, P.;POOLSANGUAN, W. 2004 Long-term
cryopreservation of spermatophore of the giant freshwater prawn, Macrobrachium
rosenbergii (de Man). Aquaculture Research, 35:1415-1420.

ANCHORDOGUY, T.; CROWE, J.H.; GRIFFIN, F.J.;CLARK JR, W.H. 1988 Cryopreservation of sperm from the marine shrimp Sicyonia ingentis.Cryobiology, 25(3):238-243.

ARCE, S.M.; MOSS, S.M.; ARGUE, B.J. 1999 Artificial insemination and spawning of pacific white shrimp Litopenaeus vannamei: implications for a selective breeding program. UJNR Technical Report, 28: 5-8.

BART, A.N.; CHOOSUK, S.; THAKUR, D.P. 2006 Spermatophore cryopreservation and artificial insemination of black tiger shrimp, Penaeus monodon (Fabricius). Aquaculture Research, 37:523-528.

CHOW, S.; TAM, Y.; OGASAWARA, Y. 1985 Cryopreservation of spermatophore of the fresh water shrimp, Macrobrachium rosenbergii.Biological Bulletim, 168: 471-475.

GWO, J.C. 2000 Cryopresevation of aquatic invertebrate semen: a review. Aquaculture Research, 31: 259-271.

JAR, L.P. 2005 Fisiologí­­a y calidad reproductiva de machos de camarón blanco Litopenaeus schmitti en condiciones de cautiverio. La Paz. 150p (Tese de Doutorado. Centro de Investigaciones Biológicas del Noroeste, S.C.). Available at:http://hdl.handle.net/1834/1544 Access on: 17 feb. 2009.

JEYALACTUMIE, C. and SUBRAMONIAM, T. 1989 Cryopreservation of spermatophores and seminal plasma of the edible crab Scylla serrata. Biological Bulletin, 177: 247-253.

LEZCANO, M.; GRANJA, C.; SALAZAR, M. 2004 The use of flow cytometry in the evaluation of cell viability of cryopreserved sperm of the marine shrimp (Litopenaeus vannamei).Cryobiology, 48: 349í 356.

MEMON, A.J.; TALPUR, A.D.; KHAN, M.I.;FARIDDUDIN, M.O.; SAFIAH, J.; ABOLMUNAFI, A.B.; IKHWANUDDIN, M. 2012 Optimization of spermatophores cryopreservation protocol of banana shrimp (Penaeus merguiensis) (De Man, 1888). Journal
of Animal and Veterinary Advances, 11(10):1688-1704.

NIMRAT, S.; SIRIBOONLAMOM, S.; ZHANG, S.; XU, Y.; VUTHIPHANDCHAI, V. 2006 Chilled storage of white shrimp (L. vannamei) spermatophores. Aquaculture, 261: 944í 951.

SALAZAR, M.; LEZCANO, M.; GRANJA, C. 2008 Protocol for cryopreservation of Penaeus vannamei sperm cells. In: CABRITA, E.; ROBLES, V.; HERRÁEZ, P. Methods in Reproductive Aquaculture. Marine and Freshwater Species.Boca Raton: FL, CRC Press. p.505-508.

VUTHIPHANDCHAI, V.; BOONPRASERT, P.;NIMRAT, S. 2005 Effects of cryoprotectant
toxicity and temperature sensitivity on the embryos of black tiger shrimp (Penaeus
monodon). Aquaculture, 246: 275-284.

VUTHIPHANDCHAI, V.; NIMRAT, S.;KOTCHARAT, S.; BART, A.N. 2007 Development of a cryopreservation protocol for long-term storage of black tiger shrimp (Penaeus monodon) spermatophores. Theriogenology, 68:1192-1199.

Downloads

Publicado

2018-11-13

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)