Rendimento de sementes da ostra Crassostrea gasar produzidas em laboratório e cultivadas em Santa Catarina - Brasil

Autores

  • Cláudio Rudolfo TURECK Laboratório de Aquicultura (LAQUA) -  Universidade da Região de Joinville -  UNIVILLE, Unidade São Francisco do Sul
  • Fernanda VOLLRATH Laboratório de Aquicultura (LAQUA) -  Universidade da Região de Joinville -  UNIVILLE, Unidade São Francisco do Sul
  • Cláudio Manoel Rodrigues de MELO Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM) -  Universidade Federal de Santa Catarina -  UFSC
  • Jaime Fernando FERREIRA Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM) -  Universidade Federal de Santa Catarina -  UFSC

Palavras-chave:

ostreicultura, manejo, ostra do mangue

Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar o rendimento de sementes de ostras do mangue Crassostrea gasar provenientes de laboratório e cultivadas de maio a julho de 2008 no sistema de caixas flutuantes em duas localidades no estado de Santa Catarina (48°32'O - 27°29'S, Sambaqui - Florianópolis e 48°50'O í  26°28'S Iperoba - São Francisco do Sul). Semanalmente foram realizados manejos com jato de água doce e, quinzenalmente, separação por tamanho, com quatro peneiras padronizadas (de malhas 4 a 7 mm entre nós). A cada peneiramento, foram calculados os volumes e quantificadas as sementes por classe de tamanho. Após nove semanas de cultivo, os resultados mostraram rendimento de 95,3% no Sambaqui e de 58,7% no Iperoba. As técnicas de manejo de sementes utilizadas para Crassostrea gigas mostraram-se eficientes para a espécie nativa C. gasar. Os dois locais podem ser considerados apropriados para a etapa de cultivo de sementes.

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Publicado

2018-11-15

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)