Níveis crescentes de proteína bruta em dietas práticas para camarão-da-amazônia
DOI:
https://doi.org/10.20950/1678-2305.2017v43n3p417Palavras-chave:
aquicultura, composição corporal, crescimento, relação energia:proteína, nutriçãoResumo
O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho do camarão-da-amazônia, Macrobrachium amazonicum, alimentado com dietas práticas contendo níveis crescentes de proteína bruta. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e seis repetições. Os tratamentos avaliados corresponderam aos seguintes níveis de proteína bruta com base na matéria seca na dieta: 200, 250, 300, 350 e 400 g kg-1. As unidades experimentais estavam em um sistema de recirculação com filtros mecí¢nico e biológico, de modo a manter a qualidade da água em níveis adequados para o cultivo de camarões. Ao final do experimento, a sobrevivência média variou de 84,8 a 91,3%, não sendo observadas diferenças entre os tratamentos (p > 0,05). Os resultados demonstram crescimento quadrático para peso final, ganho de peso, comprimento final e crescimento em comprimento com o aumento dos níveis de proteína bruta na dieta. Os juvenis alimentados com dietas contendo 370 e 348 g kg-1 de proteína bruta alcançaram maiores ganho de peso e de crescimento em comprimento respectivamente (p < 0,05). A composição corporal dos camarões-da-amazônia foi influenciada pelos níveis de proteína bruta na dieta, sendo que o nível de 350 g kg-1 causou aumento dos teores de umidade e redução da deposição de proteína bruta (p < 0,05), quando comparado com o nível de 200 g kg-1. Recomenda-se o fornecimento de 370 g de proteína bruta por kg de dieta para juvenis de M. amazonicum.
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