EFEITO DA DENSIDADE DE ESTOCAGEM NO DESEMPENHO DO MATRINCHí, Brycon cephalus (GUNTHER, 1869), CULTIVADO EM TANQUES-REDE NO PERÍODO DO INVERNO
Palavras-chave:
densidade de estocagem, tanques-rede, matrinchã, Brycon cephalus, inverno- sudeste do BrasilResumo
Este trabalho foi realizado no Centro de Pesquisa e Treinamento em Aquicultura (CEPTA) durante o período de 1º de maio a 4 de agosto de 1996. O objetivo foi identificar, entre as densidades de 50, 100 e 150 peixes/m3, aquela que proporciona melhor desempenho para a criação de Brycon cephalus em tanques-rede. O peso e comprimento médios dos peixes utilizados foram próximos a 24 g e 11 cm, respectivamente. Foram utilizados tanques-rede de 6 m3 (volume útil), sendo duas repetições distribuídas em três blocos, com a média populacional caracterizada para cada repetição. A partir de um modelo no qual o peso inicial foi utilizado como covariável, verificou-se sua influência significativa no peso final (P=0,037). Já, a densidade de estocagem não influenciou significativamente o peso final (P=0,907). O coeficiente de correlação foi r=0,96. Os pesos finais obtidos variaram de 35,74 a 40,28 g. Utilizando-se um outro modelo tendo o bloco como covariável, verificou-se que nem o bloco (P=0,492) nem a densidade de estocagem (P=0,659) tiveram influência significativa no índice de crescimento obtido entre o primeiro e o último dia de experimento. O índice de crescimento específico em peso para os tratamentos 50, 100 e 150 peixes/m3 foram respectivamente 0,54; 0,45 e 0,41. Entre as densidades estudadas, a de 150 peixes/m3 foi a mais vantajosa, pelo fato de proporcionar maior biomassa.