Monitoramento de longo prazo revela desvio sexual em fêmeas de Pimelodus maculatus da bacia do Alto Rio Uruguai

Autores

  • Josiane Ribolli Universidade Federal de Santa Catarina , Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce – Florianópolis (SC), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5553-9973
  • Jurandir Joaquim Bernardes Júnior Universidade Federal de Santa Catarina , Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce – Florianópolis (SC), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1907-8660
  • Evoy Zaniboni Filho Universidade Federal de Santa Catarina , Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce – Florianópolis (SC), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6457-2655
  • Renata Maria Guereschi Universidade Federal de Santa Catarina , Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce – Florianópolis (SC), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0051-9331
  • Alex Pires de Oliveira Nuñer Universidade Federal de Santa Catarina , Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce – Florianópolis (SC), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4682-3307

DOI:

https://doi.org/10.20950/1678-2305/bip.2023.49.e744

Palavras-chave:

Peixes de água doce neotropicais, Expectativa de vida, Biologia reprodutiva, Desvio sexual

Resumo

A proporção sexual é um parâmetro demográfico crucial para a viabilidade das populações naturais, e normalmente é equilibrada nas espécies de peixes de água doce Neotropicais. Este estudo investigou a proporção sexual do mandi amarelo Pimelodus maculatus na bacia do Alto Rio Uruguai, sul do Brasil, entre 2000 e 2019. Os peixes foram capturados em diferentes locais numa proporção de 2.018 fêmeas e 995 machos. O comprimento total variou de 14 a 60 cm para as fêmeas (31,8 ± 6,8 cm) e 13 a 45 cm para os machos (26,7 ± 13,6 cm). A frequência de fêmeas foi maior da classe 27 para 51 cm (P < 0,05), com uma relação média de sexo feminino: sexo masculino de 2,05:1, enquanto uma relação de sexo 1:1 foi encontrada em peixes com menos de 27 cm. O preditor mais importante que explica a dominância das fêmeas foi o comprimento, seguido pelo ano, local, e ambiente. As fêmeas são maiores e vivem mais 5 anos do que os machos. Esta disparidade na expectativa de vida entre fêmeas e machos, além da história de vida, da possí­­vel inversão do sexo masculino e de factores sociais e ambientais podem ser fatores que explicam o desvio sexual feminino na população de P. maculatus da bacia do rio Uruguai; contudo, este é ainda um vasto campo inexplorado para peixes de água doce.

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Publicado

2023-04-15

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

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