Ciclo reprodutivo e infestação parasitária de mexilhões Perna perna (Linnaeus, 1758)

Autores

  • Márcia Santos Nunes Galvão Pesquisador Cientí­­fico -  Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho Instituto de Pesca -  APTA -  SAA
  • Marcelo Barbosa Henriques Pesquisador Cientí­­fico -  Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho Instituto de Pesca -  APTA -  SAA http://orcid.org/0000-0003-1419-9121
  • Orlando Martins Pereira Pesquisador Cientí­­fico -  Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho Instituto de Pesca -  APTA -  SAA
  • Hélcio Luís de Almeida Marques Pesquisador Cientí­­fico -  Centro de Pesquisas e Desenvolvimento de Peixes Ornamentais Instituto de Pesca -  APTA -  SAA

Palavras-chave:

ciclo reprodutivo, parasitismo, mexilhão, Perna perna

Resumo

O objetivo deste trabalho foi estudar o ciclo reprodutivo e a infestação parasitária de mexilhões Perna perna provenientes da Ilha Urubuqueçaba, Baí­­a de Santos, SP, local mais abrigado, e Praia de Guaraú, iní­­cio da Estação Ecológica Juréia-Itatins, municí­­pio de Peruí­­be, SP, local mais exposto í­Â s ondas do mar. Coletaram-se mensalmente, de cada local, 40 mexilhões adultos no perí­­odo de outubro de 2000 a setembro de 2001. Registraram-se dados de biometria, proporção sexual, estádio de maturação gonadal e infestação parasitária. Verificou-se que os animais se reproduzem o ano todo, com picos variáveis ao longo do ano. Os picos de desova ocorreram nos meses de janeiro-fevereiro (verão), maio (outono) e julho-agosto (inverno), para os mexilhões de Guaraú, e em setembro (primavera) e janeiro (verão), para os de Urubuqueçaba. Em Urubuqueçaba, a frequência de animais cheios (repleção total e parcial das gônadas) foi superior í­Â quela registrada em Guaraú. Em Guaraú observaram-se vários picos de desova ao longo do ano. Constatou-se a ocorrência de parasitismo pelo trematoide Bucephalus sp., sendo que a infestação foi maior nos mexilhões provenientes de Urubuqueçaba, local mais abrigado e sujeito a contaminação bacteriológica. A incidência de parasitismo variou também em função da época do ano. A maior ocorrência de animais parasitados foi na primavera, outono e inverno, para os mexilhões de Urubuqueçaba, e no outono e inverno, para os de Guaraú, coincidindo com épocas de temperaturas mais amenas e de menor pluviosidade.

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Publicado

2018-10-29

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)

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