Perfil e renda dos pescadores artesanais e das vilas da Ilha do Mel í  Paraná, Brasil

Autores

  • Luciana FUZETTI Laboratório de Ictiologia -  Centro de Estudos do Mar - Universidade Federal do Paraná
  • Marco Fábio Maia CORRÊ A Laboratório de Ictiologia -  Centro de Estudos do Mar - Universidade Federal do Paraná

Palavras-chave:

pesca, petrechos, embarcaçí­µes, turismo, baí­­a de Paranaguá, conflitos

Resumo

A Ilha do Mel, importante polo turí­­stico, não tem sido incluí­­da nos estudos referentes í­Â  atividade pesqueira do Estado do Paraná. Este trabalho retratou o perfil dos pescadores artesanais locais e seus modos de vida, com ênfase na atividade pesqueira e sua importí­¢ncia nas comunidades. O diagnóstico foi realizado a partir de 43 pescadores entrevistados, atingindo as seis comunidades pesqueiras da ilha. Foi relatada a existência de, aproximadamente, 98 pescadores na ilha. Foram entrevistados 40 homens e três mulheres, com idade média de 45,3 (± 11,97) anos, dos quais 2% nunca foram í­Â  escola e 62,8% e 16,3% estudaram, respectivamente, até a quarta e sétima séries; 65% eram casados, 67,4% nativos da ilha e 81% aprenderam a pescar com seus pais, seguindo a tradição da famí­­lia. Apesar disso, 93% não possuí­­am nenhum filho trabalhando na pesca. Constatou-se que o turismo complementou a renda de 65% dos pescadores, sem contribuir significativamente para diferenciá-la da renda dos que apenas pescavam. O turismo, a introdução de novas tecnologias na pesca e a criação de Unidades de Conservação no local provocaram alterações nas atividades de pesca e foram percebidas pelos pescadores. Estas interferiram nos costumes, petrechos e embarcações, criando um cenário de conflitos local. Finalizando o diagnóstico, os pescadores apontaram sugestões para a melhoria na prática das suas atividades e consequente melhoria da qualidade de vida.

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Publicado

2018-11-06

Edição

Seção

Artigo cientí­fico