Malacofauna lí­­mnica em pesqueiro de Itapecerica da Serra, São Paulo, Brasil: risco potencial na transmissão de helmintoses

Autores

  • Dan Jessé Gonçalves da MOTA Núcleo de Enteroparasitas, Instituto Adolfo Lutz
  • Josué de MORAES Supervisão de Vigil-­¢ncia em Saúde (SUVIS)
  • Carlos NASCIMENTO Laboratório de Parasitologia e Malacologia, Instituto Butantan
  • Toshie KAWANO Laboratório de Parasitologia e Malacologia, Instituto Butantan
  • Pedro Luiz Silva PINTO Núcleo de Enteroparasitas, Instituto Adolfo Lutz

Palavras-chave:

Região Metropolitana de São Paulo, pesque-pague, moluscos

Resumo

Este trabalho teve como objetivo realizar levantamento da malacofauna lí­­mnica encontrada na área de um pesqueiro em Itapecerica da Serra, São Paulo - Brasil, no perí­­odo de julho de 2006 a junho de 2007. Como complementação, foram feitos estudos parasitológicos em parte dos moluscos amostrados. Foram coletados 19.863 moluscos lí­­mnicos, representados por seis espécies: Biomphalaria straminea Dunker, 1848; Melanoides tuberculatus Müller, 1774; Lymnaea columella Say, 1817; Pomacea lineata Spix, 1827; Physa marmorata Guilding, 1828 e Anodontites trapesialis Lamarck, 1819. Este pode ser considerado o primeiro relato da ocorrência dessas espécies em pesqueiros de Itapecerica da Serra. Os exames parasitológicos realizados em 5.766 moluscos foram negativos, no entanto, a presença de B. straminea, hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni Sambon, 1907 é preocupante. Diante disso, é necessário intensificar a vigilí­¢ncia malacológica na região devido í­Â  diversidade de coleções hí­­dricas do municí­­pio, precárias condições de saneamento básico, alto fluxo migratório de pessoas e o relato de casos importados e autóctones de esquistossomose.

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Publicado

2018-11-11

Edição

Seção

Artigo cientí­fico