PRODUÇÃO PESQUEIRA E PRODUTIVIDADE BIOLÓGICA EM Aí­"¡UDES Pí­Å¡BLICOS DO NORDESTE DO BRASIL

Autores

  • Antonio Adauto FONTELES-FILHO Professor Titular do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Ceará (Bolsista-pesquisador do CNPq)
  • Antonio Lima ALVESA Engenharia de Pesca - graduado pela Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

açudes públicos, cultivo extensivo, relação F/C, produção de pescado, produtividade natural, Nordeste do Brasil

Resumo

Com base em dados sobre a produção de pescado durante o perí­­odo 1948/1988, distribuindo-se os açudes de acordo com a localização do regime fluvial, foram obtidas informações sobre os í­­ndices de produtividade pesqueira e biológica, as caracterí­­sticas dos açudes em termos de idade, área da bacia hidráulica, volume d'água acumulado e profundidade média, bem como sobre a combinação ideal entre espécies forrageiras e carní­­voras, através da Relação F/C. Os principais resultados são os seguintes: (1) os açudes públicos do Nordeste se encontram em 25 sistemas fluviais, com destaque para Jaguaribe, Piranhas, Acaraú e Itapicuru; (2) os açudes mais produtivos são Orós, Arrojado Lisboa, Estevam Marinho, Engenheiro Ávidos, Paulo Sarasate e Jacurici; (3) a produtividade pesqueira média é de 105,0 kg/ha.ano, correspondendo a uma produção natural biológica de 35,7 kg/ha.ano, determinada em função da biomassa das espécies nativas; (4) a Relação F/C apresenta valores variáveis ao longo dos anos, tendo-se estabilizado em torno de 1 a partir de 1977, significando a possibilidade de maximização da biomassa da comunidade a partir da utilização de uma quantidade adequada de alevinos para repovoamento; (5) o valor médio do Índice Morfoedáfico foi 3,867 ppm/metro, sendo os açudes dos sistemas da área Pernambuco/Alagoas os mais produtivos (IME = 9,157 ppm/metro) e os da área do Piauí­­ os menos produtivos (IME = 0,962 ppm/metro); (6) os açudes do Nordeste são considerados de idade madura, significando que sua produtividade apresenta tendência de declí­­nio, mas que pode ser revertida através de programas intensivos de peixamento.

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Publicado

2018-09-13

Edição

Seção

Artigo cientí­fico