Associação da ictiofauna capturada através de rede de emalhe com o cultivo de mexilhões da enseada de Armação do Itapocoroy, em Penha (Santa Catarina í  Brasil)

Autores

  • José Souza-Conceição Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar/UNIVALI)
  • Marcus Castro-Silva Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar/UNIVALI)
  • Giuliano Huergo Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar/UNIVALI)
  • Guilherme Soares Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar/UNIVALI)
  • Adriano Marenzi Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar/UNIVALI)
  • Gilberto Manzoni Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar/UNIVALI)

Palavras-chave:

ictiofauna, mitilicultura, hábito alimentar, Perna perna, Santa Catarina

Resumo

Para determinar a associação entre a ictiofauna e o cultivo de mexilhões (Perna perna) instalado na enseada de Armação do Itapocoroy, Municí­­pio de Penha (Santa Catarina í  Brasil), foram realizadas quatro coletas entre a primavera de 1996 e o inverno de 1997. O equipamento de pesca utilizado consistiu em uma rede de emalhe (com 100 metros de comprimento) colocada no centro da área de cultivo. A rede de pesca permaneceu submersa por 24 horas e foi inspecionada a cada seis horas. Foram capturados 43 indiví­­duos, pertencendo a 18 espécies, que incluí­­ram algumas de interesse comercial. Com o intuito de verificar a utilização, como recurso alimentar, dos organismos incrustantes ou da espécie cultivada, os peixes coletados foram submetidos í­Â  biometria e í­Â  análise do conteúdo estomacal. A maioria das espécies capturadas utilizou as espécies incrustantes como fonte alimentar. Uma espécie incluiu o mexilhão em sua dieta, e outra se alimentou deste exclusivamente. Os resultados permitem verificar a associação entre a ictiofauna e o cultivo de mexilhões pela oferta alimentar gerada, tanto em termos de organismos incrustantes presentes nas estruturas de cultivo quanto pela espécie cultivada. Tal situação pode representar uma vantagem econômica para a comunidade de pescadores, que pode explorar as espécies de interesse comercial associadas ao cultivo de mexilhões.

Referências

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Publicado

2018-07-03

Edição

Seção

Artigo cientí­fico