FERTILIZAÇÃO EM Prochilodus scrofa STEINDACHNER, 1881, COM Sí­Å MEN CRIOPRESERVADO EM NITRGí­Å NIO LÍQUIDO.

Resumo

A fim de subsidiar os trabalhos de reprodução induzida, foram conduzidos experimentos de congelamento, criopreservação e fertilização com sêmen do curimbatá, Prochilodus scrofa, no Laboratório de Biologia de Peixes Fluviais "Dr. Pedro de Azevedo" do Instituto de Pesca em Pirassununga (SP), no perí­­odo reprodutivo da espécie de 1986. De um "pool" de sêmen de 29 machos foram observadas as seguintes caracterí­­sticas espermáticas: motilidade espermática direta subjetiva, 90%; concentração de espermatozoides, 35,25 x 10⁶/mm³ e espermatozoides vivos obtidos pela coloração diferencial, 92,72%. O sêmen diluí­­do foi congelado em vapores de nitrogênio e, em seguida, imerso em nitrogênio lí­­quido (-196°C), permanecendo armazenado em "container" especial. Vinte e quatro horas após o congelamento, amostras de sêmen apresentaram ao redor de 35% de células espermáticas viáveis. Decorridos vinte dias, amostras de sêmen criopreservado foram adicionadas a óvulos frescos obtendo-se uma taxa de fertilização de 91,90%, enquanto que para o sêmen fresco utilizado como controle, o resultado foi 90,48% e as taxas de eclosão das larvas foram de 77,42% e 84,21%, respectivamente. Após dois anos de preservação criogênica do sêmen, realizaram-se dois testes de fertilização utilizando óvulos recém-coletados, cujas porcentagens de fertilização foram: 78,01% e 92,68% e de eclosão, 54,78% e 84,27%. Para o sêmen fresco utilizado como controle, os resultados foram: 90,82% e 98,14% de óvulos fertilizados e as taxas de eclosão foram: 70,79% e 92,41%. Para obtenção de óvulos, as fêmeas foram induzidas í­Â  reprodução através de tratamento hormonal.