DADOS DE PRODUÇÃO E QUALIDADE DE ÁGUA DE UM CULTIVO COMERCIAL SEMI-INTENSIVO DOS CAMARí­-ES Penaeus subtilis E P. vannamei COM A UTILIZAÇÃO DE BANDEJAS DE ALIMENTAÇÃO

Autores

  • Alberto Jorge Pinto NUNES Grupo de Estudos de Camarão Marinho (GECMAR)- Laboratório de Ciências do Mar(LABOMAR)- Bolsista do CNPq (N-­­vel DCR - Desenvolvimento Cientí­­fico Regional
  • Patrício Fernando Chavez SANDOVAL Tecnologia de Camarão. Ltda (TECNAR-O)

Palavras-chave:

Penaeus subtilis, Penaeus vannamei, bandejas de alimentação, sistema serniintensivo, qualidade de água

Resumo

O presente estudo foi realizado em uma fazenda de cultivo comercial de camarão marinho localizada em Arez, Estado do Rio Grande do Norte, durante o perí­­odo de outubro de 1995 a junho de 1996. O trabalho teve como objetivo relatar dados de produção e qualidade de água de dois cicIos de cultivo semi-intensivo dos camarões Penaeus subtilis e P. vannamei alimentados com ração comercial peletizada utilizando bandejas de alimentação. No cicIo 1, camarões da espécie P. subtilis foram estocados em três viveiros de engorda: V1, V2 e V3 em densidades de estocagem inicial (DEin) iguais a 7,4; 8,2 e 8,3 camarões/m2, respectivamente, e perí­­odos de cultivo correspondentes a 65, 119 e 103 dias. No cicIo 2, camarões da espécie P. vannamei foram estocados nos viveiros V1, V2 e V3 com DEin iguais a 10,3; 10,0 e 10,4 camarões/m2, respectivamente, em perí­­odos de cultivos compreendendo 109, 116 e 111 dias. Semanalmente, ao longo dos dois cicIos de produção, foram determinados peso médio e número de camarões cultivados e densidade média de poliquetas no substrato. Diariamente, no iní­­cio da manhã e final da tarde, foram analisados parí­¢metros fí­­sicos e quí­­micos da água (i.e., pH, temperatura, oxigênio dissolvido, salinidade e transparência) e determinada a quantidade de alimento artificial ofertado em bandejas de alimentação. Em V1, V2 e V3, o camarão-rosa, P. subtilis obteve: peso médio final (xPFi) 13,80; 12,43 e 13,50 g; taxa média de crescimento (xCFi) 0,212; 0,104 e 0,131 g/dia; sobrevivência final (SFi) 18,89; 47,04 e 29,11%; razão de conversão alimentar total (RCATo) 1,09; 2,74 e 3,99; e produtividade final (PrdFi) 194,24; 482,52 e 327,50 kg/ha, tendo sido ofertada uma quantidade média de ração peletizada de 16,613; 31,799 e 30,465 kg/dia, respectivamente. No cicIo 2, viveiros V1, V2 e V3 povoados com o camarão-branco, P. vannamei, observaram-se os seguintes resultados: xPFi de 12,70; 10,60 e 10,10 g; xCFi de 0,116; 0,091 e 0,091 g/dia; SFi de 32,02; 48,46 e 65,94%; RCATo de 2,08; 1,98, e 2,34; PrdFi de 419,41; 615,38 e 693,75 kg/ha, tendo sido distribuí­­da, respectivamente, uma quantidade média de alimento artificial da ordem de 40,715; 30,037 e 35,179 kg/ha. A Análise de Varií­¢ncia (ANOVA) revelou diferenças estatisticamente significativas (P < 0,05) entre os ciclos 1 e 2 na transparência da água nos viveiros V1 e V2, na salinidade nos viveiros V1, V2 e V3, e na temperatura no viveiro V1. A quantidade diária de ração ofertada e a densidade de poliquetas no substrato foram estatisticamente diferentes (P<0,05) entre os cicIos 1 e 2, nos viveiros V1 e V2.

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Publicado

2019-04-17

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)