TRANSPORTE DE LARVAS RECÉM-ECLODIDAS DO CAMARÃO DE ÁGUA DOCE Macrobrachium rosenbergii (DE MAN, 1879)

Autores

  • Marco Antonio de C. MATHIAS Biólogo, consultoria e assessoramento técnico em projetos de cultivos de peixes e camarí­µes de água doce
  • Carlos Alberto SILVA Oceanógrafo M. Sc., gerente da larvicultura da empresa Carblana S.A

Palavras-chave:

larvicultura, camarão de água doce, transporte de larvas, Macrobrachium rosenbergii

Resumo

Uma alternativa para viabilizar a operação de laboratórios de larvicultura do Macrobrachium rosenbergii, que apresentam problemas com abastecimento de larvas, é a utilização de filhotes recém-ecIodidos produzidos em outras regiões. Este trabalho tem como objetivo fornecer subsí­­dios para o desenvolvimento de uma tecnologia apropriada para o transporte e manejo de larvas recém-ecIodidas do M. rosenbergii em escala comercial. Nos anos de 1993 e 1994 foram realizados 4 transportes de larvas da Fazenda AGRIL (Agropecuária Riacho Ltda.), localizada no Espí­­rito Santo, para a Fazenda Nepiru, localizada no municí­­pio de Corrientes - Argentina. Em seguida í­Â  ecIosão ou com até 72 horas após o nascimento, as larvas foram contadas e acondicionadas em sacos plásticos contendo água salobra e oxigênio. Estes foram colocados no interior de caixas de isopor juntamente com quatro a seis pequenos sacos plásticos contendo, ao todo, cerca de 300 g de gelo, para uma diminuição lenta e gradual da temperatura da água. A densidade larval variou de 20.000 a 26.150 larvas/litro. O tempo total de transporte variou de 23 a 32 horas e a mortalidade média das larvas, estimada após 24 horas após o povoamento, variou entre de 0% e 10%. As produtividades médias de pós-larvas, utilizando larvas transportadas, variaram entre 20,2 e 55,2 pós-larvas/litro, demonstrando a viabilidade em suprir uma elevada demanda destes camarões para projetos comerciais em fases iniciais de operação ou com cicIos sazonais de produção.

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Publicado

2019-04-18

Edição

Seção

Artigo cientí­fico