OXIGíÅ NIO, DBO E OXIDABILIDADE NA MICROBACIA DO CÓRREGO SALTO GRANDE: 22º09`S E 48º19`W, DOURADO, SP, BRASIL
Palavras-chave:
córrego tropical, oxigênio, oxidabilidade, DBO, poluição orgí¢nica, BrasilResumo
Localizado na região central do Estado de São Paulo, o córrego pertence í bacia hidrográfica do Rio Jacaré Pepira. A água apresentou-se bem oxigenada (medianas 7,67 mg/L O2 e 94 de saturação de oxigênio). A anóxia esteve ausente e a água das nascentes apresentou saturação superior a 30. Ao longo do rio ocorreu aumento de oxigênio, mais acentuado ao atravessar cachoeiras e declínio, com a travessia de trecho pantanoso e a recepção de efluentes orgí¢nicos. No período estiagem-frio (outubro a março), a água apresentou oxigenação pouco mais elevada que no chuvoso-quente (abril a setembro). O comportamento da matéria orgí¢nica, inferido através de DBO e oxidabilidade, apresentou teor geralmente baixo (mediana 1,57 e 2,82 mg/L O2, respectivamente) com valores elevados esporádicos (máximo de 10,34 e 20,2 mg/L O2, respectivamente). A variação de DBO foi mais sensível na entrada de esgoto doméstico, e da oxidabilidade, na recepção de esgoto pecuário. A presença de trechos pantanosos reduziu a oxidabilidade. No período chuvoso houve pequeno aumento da matéria orgí¢nica. Durante os 3 anos de estudo, o clima atípico, com seca acentuada, provocou queda de quase toda a folhagem da mata que recobre a maior parte da Bacia. A matéria orgí¢nica proveniente das folhas decompostas mascarou os efeitos pontuais das descargas. Refletiu-se também na relação direta entre o aumento da área drenada (ao longo do rio) e a concentração de matéria orgí¢nica na água.