Cultivo da microalga marinha Chaetoceros calcitrans (Bacillariophyceae) utilizando diferentes tipos de água marinha artificial

Autores

  • Marcelo Roberto Pereira SHEI Laboratório de Maricultura - Universidade Federal do Rio Grande
  • Oscar José Sallet BARRETO Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho (CAPTAPM) - Instituto de Pesca - APTA - SAA, SP
  • Talia Manceira BONFANTE Universidade de São Paulo
  • Gastão Cesar Cyrino BASTOS Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho (CAPTAPM) - Instituto de Pesca - APTA - SAA, SP

Palavras-chave:

Chaetoceros calcitrans, água marinha artificial, água marinha natural, cultivo de microalgas, aquicultura

Resumo

O aspecto mais importante do cultivo de microalgas se concentra em sua utilização como alimento para a grande variedade de organismos aquáticos cultivados. Diversas formulações comerciais estão disponí­­veis no mercado do aquarismo marinho a fim de preparar água marinha artificial (AMA). O presente estudo comparou o desempenho do cultivo da microalga Chaetoceros calcitrans usando diferentes tipos (AMA) em comparação com a água marinha natural (AMN). Para isso utilizaram-se Red Sea, Coralife, Oceanic, três diferentes marcas de AMA e AMN como controle. Os quatro ensaios tiveram cinco réplicas com 400 mL, em mesmas condições, enriquecidas com meio Conwy e mesma densidade algal inicial. Cultivos sem aeração de 400 mL cresceram com cinco réplicas cada um sob condições definidas. Todos os cultivos começaram com um inóculo algal de 208.000 cels./mL. Uma alí­­quota de 5 mL foi retirado diariamente de cada cultura para contagem de células. Dados obtidos através do teste estatí­­stico de regressão polinomial demonstraram que todas as marcas de AMA alcançaram densidade algal superior í­Â  da cultura com AMN, no entanto as três marcas de AMA foram significativamente heterogêneas. C. calcitrans cultivada com as marcas Oceanic e Red Sea demonstraram taxas de crescimento similar e superiores í­Â  cultivada com Coralife. Os resultados obtidos permitem concluir que as misturas de AMA testadas podem ser usadas para o cultivo dessa espécie de microalga.

Referências

AGH, N. SORGELOOS P. 2005 Handbook of protocolsand guidelines for culture and enrichment of live food for use in larviculture. Iran: Urmia University. Artemia
& aquatic animals research center. 60 p. Disponí­­vel em: http:www.urmia.ac.ir/PubFiles/203140_handbook%20final.pdf. Acesso em: 18 de julho de 2005.

BARBIERI, R. C. J e OSTRENKY A. N. 2001 Camarões Marinhos, reprodução, maturação e larvicultura.Viçosa, MG: Aprenda Fácil Editora. 243p.

BROWN, M. R. Nutritional Value of Microalgae for Aquaculture. 2002 In: CRUZ-SUAREZ, L. E.; RICQUE, M. E.; TAPIA, S. M.; GAXIOLA, C. M.G.; SIMí­-ES, N. Avances em Nutrición Acuicola VI; Memórias Del Simposium Internacional de Nutrión Acuicola; Cancun í  México.

DAKIN, N.; SPRUNG, J. 1992 The book of the marine aquarium. Blacksburg. USA: Tetra Press. 400p.

FABREGAS, J.; ABALDE, J.; HERRERO, C. 1989 Biochemical composition and growth of the marine microalga Dunaliella tertiolecta (Butcher) with different ammonium nitrogen concentrations as chloride, sulphate, nitrate and carbonate.Aquaculture, Amsterdam, 83: 289-304.

GRAHAM, L. E.; LEE, W. W. 2000 Algae. 1°ed. Upper Saddle River USA: Prentice-Hall. 640p.

GUILLARD, R. R. L. 1975 Culture of phytoplankton for feeding marine invertebrates, In: SMITH, W, L,& CHANLEY, M, H; Culture of marine invertebrate animals, New York: Plenum Press, p 26-60.

HOFF, F. H.; SNELL, T. W. 1989 2° ed. Plankton Culture Manual. Florida, USA: Florida Aqua Farms.126 p.

KRICHNAVARUK, S.; POWTONGSOOK, S.; PAVASANT, P. 2007 Enhanced productivity
of Chaetoceros calcitrans in airlift photobioreactors.Bioresource Technology, 98: 2123í 2130.

LEE, R. E. 1999 Phycology; 3°ed. United Kingdom:Cambridge University Press. 614 p.

MARCHIORI, M. A. 1996 Guia ilustrado de maturação e larvicultura do camarão rosa Penaeus paulensis PérezFarfante, 1967. Rio Grande: Ed Furg, 79p.

MAXIMIANO, N.; LORDEIROS, C.; DONATO, M.;GRAZIANI, C. 2002 Evaluation of microalgae diets for Litopenaeus vannamei larvae using a simple protocol. Aquaculture International, Netherlands.10: 177-187.

MULLER, F. A. 2000 The role of microalgae in aquaculture: situation and trends. Journal of applied phycology; 12: 527-534.

RIVERO-RODRIGUES, S.; BEAMOUNT, A. R.; LORAVILCHIS, M. C. 2007 The effect of microalgal diets on growth, biochemical composition, and fatty acid profile of Crassostrea corteziensis (Hertlein)juvelines. Aquaculture, Amsterdam. 263: 199í 210.

SANTOS, E. P. 1978 Diní­¢mica de populações aplicada í­Â  pesca e piscicultura. Universidade de São Paulo: HUCITEC, Universidade de São Paulo.129p.

SILVA, C. A. 1994 Utilização de água do mar artificial em larvicultura de Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879) (CRUSTACEA, PALEMONIDAE).
Jaboticabal 130p.(Dissertação de Mestrado. Centro de Aqüicultura da UNESP).

SOARES, R.; PEIXOTO, S.; WASIELESKY, W.; D’INCAO, F. 2006 Effect of different food items on the survival and growth of Farfantepenaeus paulensis (Pérez-Farfante 1967) postlarvae. Aquaculture Research; 37: 1413 - 1418.

TAVARES, L. H S.; ROCHA, O. 2003 Produção de Plí­¢ncton (Fitoplí­¢ncton e Zooplí­¢ncton) para Alimentação de Organismos Aquáticos. São Carlos:Rima.106 p

WALNE, P, R. 1979 Culture of Bivalve Molluscs: 50 years experience at Conwy. 2th Londres: The Whitefriars Press Ltd. 189p.

Downloads

Publicado

2018-11-04

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)