CAPACIDADE E COMPORTAMENTO MANIPULATIVO DO CAMARÃO "ROSA” Penaeus subtilis PÉREZ-FARFANTE, 1967 (CRUSTACEA, PENAEIDAE) NA PRESENí­"¡A DE RAÇÃO PELETIZADA, EM CONDIÇí-ES DE LABORATÓRIO

Autores

  • Alberto Jorge Pinto NUNES Grupo de Estudos de Camarão Marinho (GECMAR)- Laboratórios de Ciência do Mar (LABOMAR)
  • Tereza Cristina Vasconcelos GESTEIRA Grupo de Estudos de Camarão Marinho (GECMAR)- Laboratórios de Ciência do Mar (LABOMAR)
  • Stephen GODDARD School of Fisheries, Fisheries and Marine Institute, Memorial University of Newfoundland

Palavras-chave:

Penaeus subtilis, comportamento alimentar, manipulação alimentar, granulometria, ração peletizada

Resumo

Este estudo teve como objetivo investigar o comportamento e a capacidade de manipulação de três grupos (G1 = 4,0 - 6,9 g; G2 = 7,0 - 9,9 g; e G3 = 10,0 - 13,9 g) do camarão Penaeus subtilis, utilizando uma ração peletizada de igual composição bromatológica com três diferentes granulometrias (P1 = 1,904 mm í­Ëœ, P2 = 1,314 mm comprimento e P3 = 5,503 mm comprimento). Em laboratório, os camarões foram classificados quanto ao peso corporal e mantidos sem alimentação em aquários por 36 horas. Precedendo o experimento, cada camarão foi individualmente aclimatado por 30 minutos em um aquário com 3,760 L de água, provido de aeração constante e iluminação artificial. O aquário, dotado de uma placa de vidro na parte superior, foi suspenso em uma estrutura retangular de alumí­­nio. Na parte inferior, uma filmadora foi instalada a fim de captar imagens do comportamento alimentar da espécie. O experimento foi iniciado administrando ração peletizada em excesso. Cada granulometria foi testada separadamente para cada grupo de camarão em estudo. Posteriormente, as imagens obtidas foram analisadas, e os seguintes dados processados: número de tentativas de captura de péletes ou partí­­culas (T), número de péletes ou partí­­culas conduzidas até a boca ou a cavidade pré-oral (CD) e número de péletes ou partí­­culas parcial ou totalmente consumidas (CS). A capacidade de manipulação foi determinada através das seguintes fórmulas: Índice de Capacidade Manipulativa (lCM) = [(CD/T)+(CS /CD)]/2; Eficiência de Captura (ECP) = (CD x 100)/T e Eficiência de Consumo (ECS) = (CS x 100)/CD. No total, 101 imagens de diferentes camarões foram analisadas. A Análise de Varií­¢ncia (ANOVA) do ICM demonstrou uma diferença estatisticamente significativa (P < 0,05) entre os grupos G1, G2 e G3, os quais apresentaram ICM variando entre 0,4583 (G1 para P2) e 0,6442 (G3 para P1). ECP variou de 40,81 (G1 para P3) a 69,44 (G3 para P1) apresentando diferença significativa (P < 0,05; MANOVA) entre grupos de camarões e granulometrias de péletes ofertados. A ECS apresentou uma variação entre 43,61 (G1 para P3) e 77,69 (G3 para P3). A Análise de Covarií­¢ncia (ANCOVA) revelou que o principal fator responsável pela variação nos í­­ndices ICM, ECP e ECS entre os grupos em estudo foi o tamanho corporal de cada indiví­­duo e não a granulometria da ração ofertada.

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Publicado

2019-04-16

Edição

Seção

Artigo cientí­fico