ENRIQUECIMENTO DE ALIMENTOS VIVOS PARA ALIMENTAÇÃO DE LARVAS DE ORGANISMOS MARINHOS: UMA BREVE REVISÃO

Autores

  • Oscar José Sallée BARRETO Pesquisador Cientifico -  Seção de Maricultura -  Divisão de Pesca Marí­­tima -  Instituto de Pesca -  CPA/SAA
  • Diana Gurgel CAVALCANTI Pesquisadora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente -  IBAMA -  ER Santos

Palavras-chave:

aquicultura, enriquecimento, RUFA-n3, microalgas, rotí­­feros, Artemia sp

Resumo

A alta mortalidade ocorrente em larviculturas de crustáceos e peixes relaciona-se, entre outros fatores, í­Â s deficiências nutricionais, provavelmente devido í­Â  carência dos ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa. Várias pesquisas têm revelado que estes ácidos graxos são essenciais para animais aquáticos, principalmente os altamente insaturados-n3 (RUFA- n3), tais como o ácido eicosapentaenoico (20:5n3 - EPA) e o ácido docosaexaenoico (22:6n3 - DHA), que são exigidos por crustáceos e peixes marinhos para otimizar o crescimento e a sobrevivência durante o cultivo. No entanto, a deficiência de RUFA-n3 pode ser corrigida, através de técnicas de enriquecimento, para otimizar a qualidade nutricional das presas vivas. Estas técnicas englobam os meios de cultura para microalgas, nutrição de náuplios de Artemia e rotí­­feros, e consistem em: técnica brití­¢nica; técnica japonesa; técnica francesa; e técnica belga. As técnicas de enriquecimento também podem ser utilizadas para tornar os alimentos vivos transportadores de vitaminas, hormônios, agentes terapêuticos etc. para as larvas predadoras. O sucesso das técnicas de enriquecimento depende do conhecimento das necessidades nutricionais das larvas predadoras; da composição bioquí­­mica pré e pós-enriquecimento, das presas vivas; e que o seu oferecimento deve ser em quantidade e tamanho adequados í­Â s larvas a serem cultivadas.

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Publicado

2018-09-30

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)