Crescimento da prodissoconcha de ostras do gênero Crassostrea Sacco, 1897 (Bivalvia, Ostreidae)

Autores

  • Susete Wambier Christo Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de Biologia Geral
  • Theresinha Monteiro Absher Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná

Palavras-chave:

ostras, Crassostrea, prodissoconcha, crescimento larval

Resumo

Foi realizado o acompanhamento do crescimento larval de três espécies de ostras do gênero Crassostrea. As espécies Crassostrea rhizophorae (Guilding, 1828) e C. brasiliana (Lamarck, 1819) são ostras nativas do litoral do Paraná e são comercializadas nos principais mercados da região, e a ostra japonesa, Crassostrea gigas (Thumberg, 1795), é uma espécie exótica introduzida no Brasil com a finalidade de cultivo. A semelhança no tamanho e na morfologia externa das conchas larvais de espécies de Crassostrea dificulta a identificação das larvas a partir de amostras planctônicas. Neste trabalho, analisaram-se as modificações da prodissoconcha ao longo do crescimento de larvas cultivadas em condições controladas de laboratório. As amostras coletadas durante o cultivo em laboratório foram fixadas em álcool 70% e as dimensões das larvas, a duração do perí­­odo larval e o crescimento da prodissoconcha nos três estágios de desenvolvimento larval, larva D, umbo e pedivéliger, foram observados. Os resultados demonstraram uma semelhança no crescimento larval entre C. brasiliana e C. gigas. As menores larvas observadas foram as de C. rhizophorae, que apresentaram um perí­­odo de crescimento larval maior quando comparadas com as das demais espécies.

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Publicado

2018-10-31

Edição

Seção

Artigo cientí­fico