Produção pesqueira no triênio 2003-2005 pela cooperativa de pesca de Vila Velha, Espí­­rito Santo, sudeste do Brasil

Autores

  • Ricardo de FREITAS NETTO CEMARES -  Centro de Estudos em Ecossistemas Marinhos e Costeiros do Esp-­­rito Santo / UENF -  Universidade Estadual do Norte Fluminense CBB/LCA
  • Werther KROHLING UVV -  Universidade de Vila Velha -  Dept. Ciências Biológicas http://orcid.org/0000-0002-7324-2436
  • Mariana Bicalho ROCHA UVV -  Universidade de Vila Velha -  Dept. Ciências Biológicas
  • Ana Paula Madeira DI BENEDITTO UENF -  Universidade Estadual do Norte Fluminense CBB/LCA. http://orcid.org/0000-0002-4248-9380

Palavras-chave:

pesca artesanal, Largo dos Abrolhos, Lutjanideae, Serranidae, Balistidae

Resumo

Durante o ano de 2005 foram compilados dados relativos í­Â  produção, em toneladas (t), das famí­­lias de espécies de valor comercial capturadas na Cooperativa de Pesca de Vila Velha (COOPEVES), Espí­­rito Santo, sudeste do Brasil. Os dados foram quantificados, compreendendo o perí­­odo de janeiro de 2003 a agosto de 2005, a fim de caracterizar a atividade pesqueira nesse entreposto de pesca. Na COOPEVES são empregadas três técnicas de pesca: pargueira, jogada e espinhel. A média de produção durante o triênio apresentou uma tendência crescente, com média de 60 t em 2003, média de 79 t em 2004 e média de 82 t em 2005. Foram encontradas 10 famí­­lias que se destacaram nos desembarques. A famí­­lia com maior número de espécies foi Carangidae, seguida da famí­­lia Lutjanidae, Serranidae e Scombridae. Entretanto, as famí­­lias mais representativas na produção foram Lutjanidae e Serranidae, com um desembarque total de 377,12 t e 122,92 t respectivamente, para o ano de 2003. Esses valores representaram 51,38% e 16,75% da produção total para o ano, respectivamente. Nos anos de 2004 e 2005, a produção pesqueira seguiu o mesmo padrão. No presente trabalho também foi possí­­vel observar que a pesca da espécie Balistes capriscus sofreu marcada redução, tornando-se antieconômica, sendo substituí­­da pela espécie B. vetula.

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Publicado

2018-11-06

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)

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