EFEITO DA DENSIDADE DE ESTOCAGEM SOBRE O CRESCIMENTO DE TAINHA LISTRADA (Mugil platanus) CRIADA EM MONO E POLICULTIVO COM CARPA COMUM (Cyprinus carpio) NA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA, SP

Autores

  • João Donato SCORVO FILHO Pesquisador Cientifico - Seção de Aquicultura - Divisão de Pesca Interior de Pesca CPA/SAA
  • Luiz Marques da Silva AYROZA Zootecnista do Centro de Pesquisa em Aquicultura do Vale do Ribeira - Divisão de Pesca Interior de Pesca - CPA/SAA
  • Paulo Fernando COLHERINHAS NOVATO Zootecnista do Centro de Pesquisa em Aquicultura do Vale do Ribeira - Divisão de Pesca Interior de Pesca - CPA/SAA
  • Euclydes Rui de ALMEIDA DIAS Pesquisador Cientifico - Seção de Aquicultura - Divisão de Pesca Interior de Pesca CPA/SAA

Palavras-chave:

Mugilí­­deos, Mugil platanus, tainha listrada, Cyprinus carpio, carpa comum, densidade

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo testar quatro densidades de estocagem de tainhas, criadas em mono e policultivo com carpas, constituindo os seguintes tratamentos: em monocultivo - Trat.A = 1 peixe/6 m2 = 25 tainhas/viveiro; Trat.B = 1 peixe/3 m2 = 50 tainhas/viveiro; em policultivo - Trat.C = 1 peixe/5 m2 = 25 tainhas e 75 carpas/viveiro; Trat.D = 1 peixe/0,75 m2 = 50 tainhas e 150 carpas/viveiro. Cada tratamento teve duas repetições. O estudo foi desenvolvido no perí­­odo de 5/02 a 12/06/1990, em oito viveiros de 150 m2 cada um, pertencentes í­Â  Fazenda Cacau-açu, Municí­­pio de Pariquera-açu (24°49'S e 47°50'W). Todos os viveiros receberam as mesmas quantidades de calcário, adubo quí­­mico e orgí­¢nico. Durante o perí­­odo experimental foram efetuadas coletas de água para análise de dados limnológicos. Os resultados de crescimento em comprimento e ganho de peso, médios, obtidos em cada tratamento, foram: Trat. A - tainhas = 88,02 mm e 53,96 g; Trat.B - tainhas = 86,73 mm e 37,57 g; Trat.C - tainhas = 69,93 mm e 34,68 g, carpas = 143,21 mm e 90,77 g; Trat.D - tainhas = 67,03 mm e 30,92 g, carpas = 86,60 mm e 35,84 g. Pela análise dos dados de crescimento em comprimento e ganho de peso, pode-se observar uma pequena diferença entre as tainhas dos tratamentos A e B o mesmo ocorrendo com as tainhas dos tratamentos C e D. Porém as tainhas criadas em monocultivo e em menor densidade tiveram crescimento e ganho de peso ligeiramente maiores que as criadas em policultivo. O crescimento das carpas foi sempre maior que o das tainhas. Pela análise de varií­¢ncia foi observada diferença significativa ao ní­­vel de 1% entre os tratamentos no que se refere í­Â  biomassa total dos viveiros no final do experimento. Esta diferença não ocorre para a biomassa de tainhas e sobrevivência nos viveiros no final do perí­­odo experimental. Apenas como termo de comparação foi feita a extrapolação das produções dos peixes (tainhas e carpas) nos viveiros, obtendo-se as seguintes produções estimadas por tratamento, em kg/ha.ano: Trat.A = 129,85 (tainhas); Trat.B = 175,78 (tainhas); Trat.C = 913,86 [110,08 (tainhas)+ 803,78 (carpas)] e Trat.D = 760,42 [137,77 (tainhas) + 622,65 (carpas)].

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Publicado

2018-09-15

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

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