EFEITO DA DENSIDADE DO COPÉPODE CICLOPOIDE Mesocyclops longisetus NA PREDAÇÃO DE LARVAS DE PINTADO Pseudoplatystoma corruscans

Autores

Palavras-chave:

Copépodes ciclopóides, densidade, larvicultura de peixes, predação, Mesocyclops longisetus, Pseudoplatystoma corruscans

Resumo

Copépodes ciclopoides constituem um sério problema para a larvicultura em tanques nos primeiros dias de vida das larvas. Visando avaliar o efeito da densidade de copépodes (Mesocyclops longisetus) na predação de larvas de pintado (Pseudoplatystoma corruscans), foram realizados dois experimentos em aquários com compartimentos de 9,3 x 14,5 x 25,0 cm com 1 litro de água. No primeiro experimento, a densidade em cada aquário foi de 10 larvas com comprimento total de 5,7 mm. Foram testados cinco tratamentos: A, B, C, D e E com densidades de (controle); 10; 20; 30 e 40 copépodes/litro, respectivamente, e cada um com 3 repetições. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado. Realizaram-se contagens do número de larvas sobreviventes após 1, 4, 7, 10, 13 e 25 horas do iní­­cio do experimento. Observou-se redução com efeito quadrático (P < 0,01) sobre a taxa de sobrevivência nos tratamentos D e E. Para os tratamentos A, B e C observou-se redução linear (P < 0,01) sobre a taxa de sobrevivência. O teste de Dunnett (P < 0,05) foi utilizado para comparar as médias dos tratamentos com relação ao testemunha. Uma hora após o iní­­cio do experimento não foi constatada predação. Após 4 e 7 horas verificou-se diferença significativa entre os tratamentos D e E e o testemunha. Após 10 e 13 horas, os tratamentos C, D e E diferiram do testemunha. Em 25 horas, todos os tratamentos que possuí­­am copépodes apresentaram-se diferentes do testemunha. As médias de sobrevivência ao final de 25 horas foram: A = 70,00%; B = 30,00%; C = 1,67%; D = 1,00; E = 0,33%. No segundo experimento foram utilizadas 5 larvas por aquário, com 14,0 mm de comprimento total, sendo os demais procedimentos idênticos ao do teste anterior. Nesse experimento não foi constatada predação, indicando que larvas, a partir desse tamanho e na densidade de predadores utilizada, estão livres da ação dos mesmos. Os resultados demonstram a influência do tamanho das larvas e da densidade de copépodes sobre a predação.

Downloads

Publicado

2019-04-17

Edição

Seção

Nota cientí­­fica (Short Communication)

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>