Análise econômica comparativa dos sistemas de cultivo integral e de "engorda” da ostra do mangue Crassostrea spp. no estuário de Cananéia, São Paulo, Brasil

Autores

  • Marcelo Barbosa HENRIQUES Pesquisador Cientí­­fico do Instituto de Pesca / Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho -  Instituto de Pesca -  APTA/SAA http://orcid.org/0000-0003-1419-9121
  • Ingrid Cabral MACHADO Pesquisador Cientí­­fico do Instituto de Pesca
  • Lúcio FAGUNDES Pesquisador Cientí­­fico do Instituto de Pesca

Palavras-chave:

custo de produção, investimento, viabilidade econômica, manejo, ostreicultura

Resumo

O objetivo desse estudo foi comparar zootécnica e economicamente a rentabilidade do cultivo integral da ostra do mangue Crassostrea spp., com o cultivo de "engorda" termo utilizado para a fase de terminação, na região de Cananéia, SP. No cultivo integral utilizou-se a densidade inicial de 42 dúzias de ostras m-2 de tabuleiro, e a taxa de sobrevivência, ao final do ciclo de 22 meses, variou de 25% a 50%. No cultivo de "engorda†utilizaram-se, inicialmente, ostras de altura média de 50 mm, cultivadas por seis meses na densidade inicial de 25 dúzias m-2. A menor taxa de sobrevivência observada foi de 64%, e a maior 80%. O cultivo integral não demonstrou viabilidade econômica, pois seu custo de produção é muito superior aos preços de venda praticados na região. Verificou-se, no cultivo de "engorda" que a taxa interna de retorno (TIR) variou de 20,65% a 102,11%, a partir dos preços base para a comercialização de R$ 3,50 e R$ 4,50, nas duas taxas de sobrevivência estudadas. O maior valor presente lí­­quido (VPL) obtido foi de R$ 355.286,74 para o preço de venda de R$ 4,50, com taxa de 10,75%, e sobrevivência de 80%, e o menor, de R$ 1.547,50 para o preço de venda de R$ 3,50, com a taxa de 20%, na menor taxa de sobrevivência (64%). Os resultados comprovam que o cultivo de "engorda†apresenta viabilidade econômica, fato que pode explicar a expansão dessa prática na região de Cananéia.

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Publicado

2018-11-08

Edição

Seção

Artigo cientí­fico

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