Perfil de ácidos graxos de pós-larvas de camarão da malásia (Macrobrachium rosenbergii) alimentados com dietas com semente de linhaça e sub-produto de tomate
Palavras-chave:
crescimento, composição corporal, lipídiosResumo
O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho e a composição de ácidos graxos de pós-larvas de camarão da Malásia alimentadas com dietas contendo semente de linhaça e/ou farelo de resíduo de tomate. Foram utilizados 480 camarões (1,08 ± 0,05 g) distribuídos em 16 tanques-rede (0,12 m3 cada um), mantidos em quatro caixas de fibrocimento de 1.000 L. Foram avaliadas rações com 40% de proteína bruta e 4.200 kcal de energia digestível/kg de dieta, sem ou com 15% de semente de linhaça, 15% de farelo de resíduo de tomate e 7,5% de semente de linhaça mais 7,5% de farelo de resíduo de tomate. Ao final do experimento, todos os camarões foram utilizados para avaliação das variáveis de desempenho e composição de ácidos graxos. Não foram observadas diferenças nas variáveis de desempenho. Nos camarões alimentados com as dietas-teste foi observada diminuição do ácido linoleico, da somatória dos n-6 e da razão n-6/n-3. No tratamento com semente de linhaça foi observado aumento da somatória dos n-3 corporal dos camarões. Com a inclusão de semente de linhaça nas dietas comprovou-se a incorporação do ácido graxo linolênico no músculo do camarão, em sua forma primária, isto é, sem sofrer ações enzimáticas para formação do EPA ou DHA. Conclui-se que a utilização de semente de linhaça e farelo de resíduo de tomate não altera o desempenho de camarões, mas melhora a razão n-6/n-3 e o perfil de ácidos graxos para consumo humano.
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